sexta-feira, 18 de novembro de 2011

RESUMO DAS ESCOLAS LITERÁRIAS


PORTUGAL

• Trovadorismo ( 1189 ou 1198 – 1434)

• Linguagem: Galego-Português
• Acompanhamento musical
• Transmitidas oralmente (mais tarde, compiladas em Cancioneiros)


Gênero Lírico – Cantigas de Amor
• Eu-lírico masculino;
• Mulher idealizada (“mia senhor”);
• Espera um benefício de sua amada (“ben”);
• Amor cortês(vassalagem amorosa);
• Coita amorosa;
• Linguagem mais trabalhada.

Gênero Lírico: Cantiga de Amigo
• Eu-lírico feminino;
• A mulher (não idealizada) lamenta a ausência do amado (‘amigo’);
• Ambiente rural ou litorâneo;
• Simplicidade de linguagem e estrutura;
• Estrutura: paralelismo e refrão (fácil memorização)

O paralelismo é um dos recursos estilísticos mais comuns na poesia lírico-amorosa trovadoresca. Consiste na ênfase de uma ideia central, às vezes repetindo expressões idênticas, palavra por palavra, em séries de estrofes paralelas

Cantigas Satíricas
• Criticam ou zombam de alguém;
• Mostram diversos usos e costumes medievais;
• Linguagem mais popular;
• Reflete o falar das camadas inferiores;
• Às vezes os dois tipos (escárnio e maldizer) se misturam.

Cantiga Satírica de Escárnio
Sátira indireta;
Sutileza;
Uso da ambiguidade;
Não permite o uso do nome da pessoa atacada.

Cantiga Satírica de Maldizer• Sátira direta;
• Agressiva;
• Linguagem objetiva;
• Uso de termos chulos;
• Grosseria e obscenidade.


Humanismo (1434-1527)
• Convívio entre Teocentrismo e Antropocentrismo (transição)
• Dualidade: Fé e Razão

Manifestações Literárias
• Poesia palaciana – compilada em 1516, por Garcia de Resende – está registrada no Cancioneiro Geral -
• Prosa historiográfica (Crônicas), de Fernão Lopes;
• Teatro medieval e popular de Gil Vicente.

Poesia Palaciana
Embora ainda mantenha muitas das características das primitivas CANTIGAS, a poesia elaborada a partir do surgimento da Imprensa é ESCRITA e IMPRESSA, deixando de ter acompanhamento musical.
• As cantigas deixam de existir, já que a poesia deixa de ser oral e de ter música ao fundo.
• A produção e recepção poéticas restringem-se aos palácios: os poetas e leitores desses poemas são nobres e cultos.
• O galego-português também está dando lugar ao PORTUGUÊS ARCAICO , uma língua mais complexa.
• A produção poética palaciana pode ser encontrada no "CANCIONEIRO GERAL", organizado pelo poeta e historiador Garcia de Resende.

Gil Vicente
• Teatro: gênero dramático
• Expressa sua fé, mas não esquece a razão:
• Em nome da religiosidade, faz a crítica moral dos costumes e a sátira aos pecadores.

Fernão Lopes
• Em 1418 é nomeado guarda-mor e, em 1434 , cronista-mor da Torre do Tombo ( Arquivo Nacional de Portugal)
• “Fernão Lopes sai da regra geral (...) pela audácia com que arranca as máscaras e os mantos enganadores para nos dar, em vez de reis, príncipes ou cavaleiros, homens de carne e osso. Várias classes sociais, múltiplos aspectos da vida atraíram a sua penetrante observação e, mais do que a observação, a compreensão.” Dessa forma, o cronista nos dá uma visão de conjunto da sociedade portuguesa da época, analisando os mais variados setores que a compunham, ressaltando principalmente a importância dos fatores econômicos e a participação do povo, a quem tratava de “arraia-miúda” ou “barrigas-ao-sol”.
• Crônica de El-ReiD. Pedro I
• Crônica de El-ReiD. Fernando
• Crônica de El-ReiD. João I (1ª e 2ª partes)


Classicismo (1527 – 1580)
• Triunfo do Antropocentrismo e do Racionalismo
• Retomada da Arte Clássica (Antiguidade Greco-Romana)

Características do Classicismo
• Racionalismo = Predomínio da Razão sobre a emoção
• Sobriedade, simetria e simplicidade;
• Equilíbrio, harmonia e clareza;
• Universalismo;
• Resgate do culto à Antiguidade clássica;
• Fusão: paganismo e cristianismo;
• Imitação;
• Verossimilhança = valorização da natureza e sua imitação artística;
• Ideal ético-estético (O Belo é o Bem).

Obra de Camões:

• Camões Lírico:
1. Rimas
2. Sonetos

• Camões Épico:
1. “Os Lusíadas”

Camões Lírico
Lírica Tradicional
:
• Rimas
• Redondilhas.
• Mote – Glosas ou
Voltas

Lírica Clássica:
• Sonetos
• Decassílabos.


Poeta-filósofo

• Tenta compreender a realidade, seus mistérios e enigmas.
• Muitos de seus temas são ideias, abstrações: o Amor, a
• Injustiça, a Transitoriedade, etc.
• Neoplatonismo
• Contradições
• Dualidade corpo X alma
• (carne) (espírito)
• Conflitos internos
• Angústia
• Antíteses
• Paradoxos
• Pessimismo, desencanto
• Prenúncio do Barroco

Camões épico – Os Lusíadas
O poema narra:
• a descoberta do caminho marítimo para as Índias;
• as grandes navegações portuguesas;
• a conquista do Oriente;
• e toda a história de Portugal.

Barroco ( 1580 -1756)

• Arte da Contrarreforma católica
• Reação do espírito teocêntrico
• O Barroco é a arte da contradição, do conflito, da dúvida.
• O homem se vê dividido entre as forças da matéria e as do espírito, entre o natural e o sobrenatural.

Características Barrocas
• Religiosidade;
• Oposições, contrastes, conflitos;
• Pessimismo e incerteza;
• Exagero;
• Cultismo (Gongorismo);
• Conceptismo (Quevedismo).


Cultismo
• Jogo de palavras e imagens (descrição plástica), voltadas para a ornamentação exagerada, para o preciosismo vocabular.
• Linguagem difícil, hermética, dúbia.
• Excesso de figuras de linguagem:
metáforas, hipérbatos( inversão), gradação, etc.

Conceptismo
• É o jogo de ideias, a argumentação que tem como objetivo o convencimento.
• O texto conceptista remete o leitor à essência do significado verbal, numa elaborada montagem intelectual.
• Raciocínio lógico; clareza.

Arcadismo (1756 – 1825)

Características Árcades
• Retorno ao equilíbrio clássico
(Neoclassicismo);
• Predomínio da razão sobre a emoção;
• Ideal de simplicidade e de naturalidade;
• Temas bucólicos e pastoris;
• Paganismo (referências à mitologia greco-romana).

Convenções Árcades
• Locus amoenus (lugar ameno) a natureza é o lugar ideal;
• Fugere urbem (fugir da cidade): a cidade é lugar de sofrimento
e da corrupção dos homens;
• Aurea mediocritas (mediania de ouro)
– o equilíbrio deve ser preferido a qualquer extremo;
• Inutilia truncat (cortar o inútil)
– rejeição aos excessos barrocos, criticando, em nome da razão e do equilíbrio, a linguagem difícil do Barroco;
• Carpe diem (aproveitar o dia)
– consciente da fugacidade da vida, o poeta convida a amada a aproveitar o momento presente;
• Estoicismo: desprezo aos luxos e às riquezas.

Manuel Maria Barbosa du Bocage
• Nasceu em 1765, em Setúbal.
• Sua vida boêmia incluiu paixão por Gertrudes, que se transformaria em sua musa sob o pseudônimo e Gertrúria.
• Seguem-se episódios de uma vida aventureira e dissoluta, a que não faltam prisões e até o recolhimento forçado em um mosteiro.
• Morreu em 1805, em Lisboa, vítima de aneurisma.
• Seu pseudônimo árcade era Elmano Sadino.

A obra de Bocage compreende poesia satírica e poesia lírica.

Poesia satírica - Foi graças à obra satírica que se tornou conhecido, embora não seja a parte mais importante de sua obra.

Poesia lírica -É a melhor parte da poesia bocagiana. Nela consideram-se duas fases: a árcade e a pré-romântica.
Na fase árcade, nota-se a preocupação em seguir as convenções do estilo em moda.
Na fase pré-romântica é o ponto alto de sua poesia lírica, valendo-lhe o posto de melhor poeta português do século XVIII. Contrariando princípios árcades, Bocage escreve uma poesia de emoção, solidão e confissão, em que predomina uma visão fatalista e pessimista do mundo.


BRASIL


Quinhentismo (século XVI) (1500 – 1601)

Representa a fase inicial da literatura brasileira, pois ocorreu no começo da colonização. Compõe-se da Literatura Jesuítica e da Literatura de viagem
Literatura Jesuíta ou de Catequese,
o Padre José de Anchieta
 poemas,
 autos,
 sermões
 cartas
 hinos.
 Peças teatrais
o O objetivo principal deste padre jesuíta, com sua produção literária, era catequizar os índios brasileiros.

Literatura de Informação ( de viagem ) sobre o Brasil.
o Pero Vaz de Caminha, o escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral.
 cartas e seu diário
o O objetivo de Caminha era informar o rei de Portugal sobre as características geográficas, fauna, flora e sociais da nova terra.

Barroco ( século XVII ) (1601 – 1756)(SEISCENTISMO)

• Essa época foi marcada pelas oposições e pelos conflitos espirituais.
• As obras são marcadas pela angústia e pela oposição entre o mundo material e o espiritual.
• Metáforas, antíteses, hipérbatos (inversões) e hipérboles são as figuras de linguagem mais usadas neste período.
Bento Teixeira, autor de Prosopopéia ( marco inicial da estética literária do Barroco no Brasil);
Gregório de Matos Guerra ( Boca do Inferno ), autor de várias poesias religiosas ( sacras), líricas e satíricas;
padre Antônio Vieira, autor de Sermão de Santo Antônio ou dos Peixes, Sermão da Sexagésima etc.
• O Sermão da Sexagésima versa sobre a arte de pregar em suas dez partes.
Nele, Vieira usa de uma metáfora: pregar é como semear. Traçando paralelos entre a parábola bíblica sobre o semeador que semeou nas pedras, nos espinhos (onde o trigo frutificou e morreu), na estrada (onde não frutificou) e na terra (que deu frutos),
Usa a Técnica de disseminação e recolha, por meio do qual o autor “lança” os elementos e depois os retoma, um a um, explicando-os. Vieira critica o estilo de outros pregadores contemporâneos seus (e que muito bem caberia em políticos atuais), que pregavam mal, sobre vários assuntos ao mesmo tempo (o que resultava em pregar em nenhum), ineficazmente e agradavam aos homens ao invés de pregar servindo a Deus.

O Sermão de Santo António aos Peixes constitui um documento da surpreendente imaginação, habilidade oratória e poder satírico do Padre António Vieira, que toma vários peixes (o roncador, o pegador, o voador e o polvo) como símbolos dos vícios daqueles colonos.
Com uma construção literária e argumentativa notável, o sermão pretende louvar algumas virtudes humanas e, principalmente, censurar com severidade os vícios dos colonos. Este sermão (alegórico) foi pregado três dias antes de Padre António Vieira embarcar ocultamente (a furto) para Portugal, para obter uma legislação justa para os índios.
Todo o sermão é uma alegoria, porque os peixes são a personificação dos homens.

Neoclassicismo ou Arcadismo ( século XVIII ) (1768- 1836)(SETECENTISMO)

o O século XVIII é marcado pela ascensão da burguesia e de seus valores.
o Esse fato influenciou na produção da obras desta época.
o Enquanto as preocupações e conflitos do barroco são deixados de lado, entra em cena o objetivismo e a razão.
o A linguagem complexa é trocada por uma linguagem mais fácil.
o Os ideais de vida no campo são retomados ( fugere urbem = fuga das cidades
o vida bucólica passa a ser valorizada,
o idealização da natureza e da mulher amada.
o As principais obras desta época são:
 Obra Poética de Cláudio Manoel da Costa( 1768),(GLAUCESTE SATÚRNIO)
 O Uraguai de Basílio da Gama, (TERMINDO SIPÍLIO)
O Uraguai, 1769
É uma obra épica escrita em cinco cantos, em versos
decassilábicos brancos (sem rimas e sem estrofação). Este poema não segue a estrutura camoniana de composição (oitava rima).
Inovação no tema contemporâneo para um poema épico: exaltar o Marquês de Pombal e sua política, e criticar os jesuítas. No poema é narrada, apesar de ainda exaltar a natureza (que não chega a ser bucólica) e o bom selvagem (instigados pelos jesuítas espanhóis), a luta de portugueses e espanhóis contra os índios dos Sete Povos das Missões. No drama principal, além dos personagens jesuítas caricaturizados e do herói português que comandou a tomada, os índios Sepé (o famoso Sepé Tiaraju), Cacambo e Lindóia. Sepé morre logo no começo e depois o também guerreiro Cacambo morre. Lindóia, que era sua esposa, fica extremamente deprimida e deixa que uma cobra a pique.

 Cartas Chilenas e Marília de Dirceu de Tomás Antônio Gonzaga, (DIRCEU)

 Caramuru de Frei José de Santa Rita Durão
Caramuru - Poema Épico do Descobrimento da Bahia (1781)
Conforme diz o nome completo, a obra pretende descrever o processo de descobrimento por Diogo Álvares Correia, vítima de um naufrágio no litoral baiano. Há uma exaltação da terra brasileira, com descrições que lembram a literatura informativa do Quinhentismo. Apesar da influência camoniana, não se usa a mitologia pagã. Registra os costumes tribais dos índios, além de descrever a fauna e a flora brasileiras.
Composto em dez cantos e versos decassílabos, tem como heróis Diogo Álvares (Caramuru), Paraguaçu (com quem Diogo se casa e vai para Paris) e Moema (a bela amante preterida no casamento que morre nadando atrás de Diogo).




segunda-feira, 17 de outubro de 2011

GÊNEROS LITERÁRIOS


GÊNEROS LITERÁRIOS

A LITERATURA É A ARTE QUE SE MANIFESTA PELA PALAVRA, SEJA ELA FALADA OU ESCRITA.
Na Antiguidade Clássica os textos literários dividiam em três gêneros:

GÊNERO LÍRICO
GÊNERO DRAMÁTICO
GÊNERO ÉPICO


Gênero Lírico

Seu nome vem de lira, instrumento musical que acompanhava os cantos dos gregos.
Textos de caráter emocional, centrados na subjetividade dos sentimentos da alma. Tem a presença do “eu-lírico”, a voz que fala no poema . O emissor é personagem única desse tipo de mensagem.

Predominam as palavras e pontuações de 1a. pessoa.

Segundo Aristóteles, a palavra cantada.

É importante ressaltar que o “eu-lírico” pode ser masculino ou feminino, independente do autor.

Assim, podemos encontrar:
Autor masculino eu-lírico masculino
Autor masculino eu- lírico feminino
Autor feminino eu- lírico feminino
Autor feminino eu- lírico masculino

Soneto de Fidelidade
Vinicius de Moraes

(Autor masculino eu-lírico masculino)

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

ESSE CARA
CAETANO VELOSO

(Autor masculino eu-lírico feminino)

Ah que esse cara tem
Me consumido
A mim e a tudo que eu quis
Com seus olhinhos infantis
Como os olhos de um bandido
Ele está na minha vida
Porque quer
Eu estou prá o que der e vier
Ele chega ao anoitecer
Quando vem a madrugada ele some
Ele é quem quer
Ele é o homem
Eu sou apenas uma mulher

FADIGA
CECÍLIA MEIRELES

(Autor feminino eu-lírico feminino)

Estou cansada, tão cansada
Estou tão cansada! que fiz eu?
Estive embalando, noite e dia,
um coração que não dormia
desde que seu amor morreu

Eu lhe dizia: "Deixa a morte
levar teu amor! Não faz mal
É mais belo esse heroísmo triste
de amar uma coisa que existe
só para morrer, afinal!

"Deixa a morte... não chores...dorme!"
Noite e dia eu cantava assim
Mas o coração não falava;
chorava baixinho, chorava,
mesmo como dentro de mim

Era um coração de incertezas,
feito para não ser feliz;
querendo sempre mais que a vida -
sem termo, limite, medida,
como poucas vezes se quis

O tempo era ríspido e amargo
Vinha um negro vento do mar
Tudo gritava, noite e dia,
e nunca ninguém ouviria
aquele coração chorar

MOTIVO
CECÍLIA MEIRELES

(Autor feminino eu-lírico masculino)

“Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem triste:
Sou poeta.
Irmão das coisas fugidias
Não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto e a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada."


RETOMANDO...

GÊNERO LÍRICO:

Tem a presença do eu lírico – que é a voz que fala no poema
Expressa os estados de alma, as emoções , os sentimentos vividos intensamente pelo eu lírico.
Predomínio da 1ª pessoa

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

GÊNERO DRAMÁTICO

Drama, em grego, significa "ação".

Textos feitos para serem representados.

O Gênero Dramático se assenta em três eixos importantes: o ator, o texto e o público sem o que não há espetáculo teatral.

Segundo Aristóteles é a palavra representada

O Gênero Dramático compreende as seguintes modalidades:

Tragédia: É a representação de ações dolorosas da condição humana, no caso são pessoas comuns. A ação visa provocar no espectador piedade e terror, terminando em geral de forma fatal. O objetivo era provocar a "catarse" ou purificação. Ex.:

Édipo Rei, de Sófocles

Édipo nasceu em Tebas e era descendente de seu mítico fundador, Cadmos. Seu avô foi Labdacos (o "coxo") e seu pai foi Laios (o "canhoto").
Laios casou-se com Jocasta e teriam sido felizes como reis de Tebas se não fosse um problema: não conseguiam ter filhos. Por essa razão, muito religiosos, foram consultar o Oráculo de Delfos.
No templo, a pitonisa délfica revelou que teriam um filho dentro de pouco tempo, mas que ele estava destinado a matar o pai e casar-se com a mãe.
Eles se alegraram pelo filho. Quando ele nasceu, Laios lembrou-se do oráculo e mandou os servos matarem o bebê.
Levaram-no para uma a floresta, furaram-lhe os pés e o amarraram de ponta cabeça em uma árvore para ser devorado pelos animais selvagens.
Passaram por ali uns pastores de Corinto e o levaram. Deram-no aos reis de Corinto, que também sofriam por não ter um filho. O rei e a rainha adotaram-no como se fosse seu, e lhe deram o nome de Édipo, que quer dizer "pés furados".
Quando cresceu, Édipo começou a sentir-se diferente dos seus concidadãos e foi consultar o Oráculo de Delfos. Aí soube que estava destinado a matar o próprio pai e a casar-se com a mãe. Horrorizado, decidiu não voltar a Corinto, Pegou o carro e foi para bem longe.
Em uma estrada estreita, nas montanhas, encontrou um carro maior na direção contrária. Tentou desviar-se mas os carros acabaram chocando-se de raspão. O cocheiro do outro carro xingou Édipo que, revoltado, o matou. Então o patrão do cocheiro avançou sobre Édipo, que o matou também. E continuou a viagem.
Chegou a Tebas e encontrou a cidade consternada por dois problemas: o rei tinha morrido e um monstro, a Esfinge, estabelecera-se na porta da cidade propondo um enigma. Como ninguém sabia responder, a Esfinge ia matando um por um. Jocasta tinha oferecido sua mão a quem livrasse a cidade desse monstro.
Édipo foi enfrentar a Esfinge. Era um ser estranho, com corpo de leão, patas de boi, asas de águia e rosto humano. Seu enigma: O que é que tem quatro pés de manhã, dois ao meio dia e três à tarde?
Édipo respondeu que era o homem, porque engatinha quando criança, passa a vida andando sobre dois pés mas, velho, tem que recorrer a uma bengala. A Esfinge matou-se e Édipo, casando-se com Jocasta, tornou-se o rei de Tebas.
Tiveram quatro filhos. Os gêmeos Eteócles e Poliníces, Antígona e Ismênia. Foram felizes durante muitos anos. Mas, depois, uma peste assolou a cidade.
Édipo quis ir consultar Delfos, mas foi aconselhado a chamar Tirésias, um velhinho cego e sábio que vivia em Tebas. Este revelou que a causa era o assassino de Laios, que continuava na cidade. Édipo prometeu prendê-lo e matá-lo, mas o sábio revelou que ele mesmo era o assassino, porque Laios era o dono do carro que ele enfrentara.
Jocasta, envergonhada, suicidou-se. Édipo furou os próprios olhos e renunciou ao trono. Cego, precisou ser guiado por Antígona para ir a Delfos. Aí soube que devia ir a um bosque sagrado, em Colonos, perto de Atenas. Ajudado por Teseu, rei de Atenas, chegou lá. Encontrou um lago, onde tomou banho, e uma caverna, onde penetrou depois de mudar de roupa. Entrou na eternidade

Complexo de Édipo - Freud

Freud baseou-se na tragédia de Sófocles (496-406 a.C.),Édipo Rei, para formular o conceito do Complexo de Édipo, a preferência velada do filho pela mãe, acompanhada de uma aversão clara pelo pai.

COMÉDIA

De origem grega, apresentava originalmente personagens de caráter vicioso e vulgar, que protagonizavam atitudes ridículas.
A comédia é uma sátira de comportamentos individuais e coletivos com o intuito moralizante.
Atualmente a comédia representa aspectos da vida cotidiana como tema, provocando o riso.
Ex. "As Aves" de Aristófanes; "Meno-Male!" de Juca de Oliveira; "O Juiz de Paz na Roça" e "O Noviço" de Martins Pena.

Tragicomédia: modalidade em que se misturam elementos trágicos e cômicos.

Farsa:(origem no século XIV), pequena peça teatral, de caráter ridículo e caricatural, que crítica a sociedade e seus costumes, visando provocar o riso. Ex. "Farsa de Inês Pereira" de Gil Vicente,

O auto (origem na Idade Média), peça breve geralmente feita em verso, contendo conteúdo religioso ou profano. Caracteriza-se por possuir um conteúdo altamente simbólico, onde os atores representam não seres humanos específicos, mas sim entidades abstratas de caráter religioso ou moral (a virtude, o pecado, a beatitude etc).Ex.; "Auto da Barca do Inferno",de Gil Vicente ;"Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna.

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

GÊNERO ÉPICO OU NARRATIVO

A palavra "epopéia" vem do grego épos, ‘verso’+ poieô, ‘faço’ e se refere à narrativa em forma de versos, de um fato grandioso e maravilhoso que interessa a um povo.

O gênero épico: narrações de fatos grandiosos, centrados na figura de um herói. Tem a presença de um narrador

É , segundo Aristóteles, a palavra narrada

Provavelmente, a mais antiga das manifestações literárias.
Ele surgiu quando os homens primitivos sentiram necessidade de relatar suas experiências, centradas na dura batalha de sobrevida num mundo caótico, hostil e ameaçador.

Os elementos essenciais ...

Na estrutura épica temos: o narrador, o qual conta a história praticada por outros no passado; a história, a sucessão de acontecimentos; as personagens, em torno das quais giram os fatos; o tempo, o qual geralmente se apresenta no passado e o espaço, local onde se dá a ação das personagens.

Partes da Epopeia

De acordo com as regras do gênero, a epopeia clássica estrutura-se em três partes obrigatórias: Proposição (apresentação do assunto), Invocação (súplica da inspiração) e Narração (desenvolvimento do assunto, por vezes iniciado em meio da ação - in medias res). Pode incluir uma parte facultativa, a Dedicatória (oferecimento da obra). Na Narração, é possível encontrar o Epílogo (fechamento da epopeia) com a consagração dos heróis

Neste gênero, geralmente, há presença de figuras fantasiosas que ajudam ou atrapalham no curso dos acontecimentos.

Presença de mitologia greco-latina - contracenando heróis mitológicos e heróis humanos.

Quando as ações são narradas por versos, temos o poema épico ou Epopeia.

Dentre as principais Epopeias, temos: Ilíada e Odisséia

ILÍADA E ODISSÉIA

Atribui-se a Homero, o maior poeta da Grécia Antiga, a autoria das obras "Ilíada" e "Odisséia", que reconstituem, com riqueza de detalhes, a civilização grega.

Estima-se, que Homero tenha vivido entre os séculos 9 e 8 a.C., e o limite estipulado de sua vida vai até 700 a.C. Sua origem também é incerta, mas os estudiosos do poeta consideram provável que ele tenha nascido em Esmirna ou na Ilha de Quios, na Grécia. Devido à insuficiência de provas, alguns chegam a duvidar da existência de Homero. A obra atribuída a ele foi composta e transmitida oralmente As obras Ilíada e Odisseia são obras atribuídas ao poeta greco-romano Homero, o qual teria vivido por volta do século VIII a. C..
ILÍADA
A guerra de Tróia foi um conflito entre gregos e troianos e durou aproximadamente 10 anos .
Aconteceu por causa do rapto da princesa grega Helena(esposa do rei Menelau)
.O príncipe troiano Paris foi a Esparta ( cidade da Grécia ) acabou apaixonando-se por Helena e a raptou.
Com o rapto de sua esposa o rei ficou enfurecido e fez com que os guerreiros gregos os quais haviam jurado proteger Helena , organizassem um exército , o qual foi comandado pelo general Agamenon.
O cerco á Tróia durou dez anos. Vários soldados foram mortos , inclusive Aquiles ( Após ser atingido no seu ponto fraco , o calcanhar ) .
O conflito terminou após a execução de grande plano do guerreiro Ulisses, o mais esperto e inteligente dos homens gregos .
Sua ideia foi presentear os troianos com um grande cavalo de madeira ,dizendo que os inimigos estavam desistindo da guerra e que o cavalo era um presente de paz.
Os troianos aceitaram o presente e deixaram o enorme cavalo ser conduzido para dentro dos muros protetores da cidade.
Após uma longa noite de comemoração os troianos foram dormir exaustos. Nesse momento , os soldados que estavam escondidos dentro do cavalo atacaram a cidade , abrindo os portões da fortaleza para que os outros guerreiros entrassem e destruíssem Tróia.

CONCLUINDO...


Assim, podemos entender que Ilíada é uma Epopeia pois:
É a narrativa de um fato histórico - A guerra de Tróia
Representado por um herói – Aquiles
Tem a presença do narrador
Tem a presença de deuses da mitologia intervindo em vários momentos.

LEMBRAM-SE DE “OS LUSÍADAS” , DE CAMÕES?

O GÊNERO NARRATIVO é visto como uma variante do Gênero Épico, enquadrando, neste caso, as narrativas em prosa.

TIPOS DE PROSA NARRATIVA

1. ROMANCE: é a obra em prosa narrativa e de ficção mais extensa que existe, por isso contém muitos episódios; é o tipo de narrativa em que várias personagens e ações se inter-relacionada e em que os espaços e as personagens são caracterizados mais detalhadamente. O enredo do romance está sempre na íntegra, ou seja, caso o leitor queira ler sem interrupções a história toda contada no romance, ele pode fazê-lo. Há vários tipos de romances: o policial, o sentimental, o psicológico, o experimental, o histórico, o de aventuras, o de “capa e espada”, o cientificista, etc. Podem ser românticos, realistas-naturalistas, modernistas, etc., quanto ao estilo. Quanto ao espaço predominante na narrativa, podem ser urbanos, regionalistas, intimistas, etc.

2. NOVELA: é a obra em prosa narrativa e de ficção um pouco menos extensa e, por isso, seus elementos são mostrados de maneira mais condensada. Caracteriza-se principalmente por ser UMA NARRATIVA EM CAPÍTULOS, ou seja, o enredo é apresentado ao leitor aos poucos, o que significa que ele só conhecerá a história na íntegra no momento em que terminar a leitura do último capítulo da obra. Mesmo que ele tenha tempo para a leitura, ele não tem material de leitura além do(s) capítulo(s) disponível (eis).
3. CONTO: é uma das narrativas menos extensas que existem (normalmente tem, no máximo, dez páginas); é um mini romance ou um recorte dele: o conto corresponde a UM dos vários episódios de um romance. Por ser uma narrativa muito breve, não há praticamente descrições de espaços e de personagens no conto e seu conteúdo normalmente é a narrativa de um fato ou episódio incomum, curioso e, muitas vezes, sobrenatural ou irreal.
4. CRÔNICA: é a narrativa mais breve que existe; é leve e baseia-se em fatos ou episódios do cotidiano, vistos com humor ou, às vezes, com melancolia.
As outras narrativas que existem, mas em grau de importância menor que as citadas, são:
- A FÁBULA: narrativa literária em que as personagens são seres não humanos personificados e em que o enredo encerra uma “lição de moral”. Normalmente, na fábula, as personagens são animais personificados; quando as personagens são seres inanimados personificados (uma linha e uma agulha, por exemplo), tem-se um APÓLOGO.
- A PARÁBOLA: é uma narrativa que também encerra um ensinamento. As personagens, porém, são humanas. São narrativas comuns às obras religiosas e ao texto bíblico.

Não importa o tipo de narrativa: o que importa é narrar, é levar alguém a viajar para um mundo distante, que não existe nos mapas porque não é real, é ideal. É o mundo onde o impossível é possível, onde nossos defeitos desaparecem, onde nossos sonhos se realizam e de onde não queremos sair. Mas quando saímos desse mundo de fantasia, de mentirinha, de papel, e voltamos à nossa realidade, nosso espírito está tão bem alimentado que somos capazes de perceber que até nele há beleza, há poesia, há amor e há coisas que não conseguíamos captar porque nossa alma estava cega.

LEIAM COM ATENÇÃO, VERIFIQUEM AS DÚVIDAS, PERGUNTEM!
NÃO SE ESQUEÇAM DE QUE HAVERÁ UMA AVALIAÇÃO DE TODOS OS CONTEÚDOS APRESENTADOS!
KIKI

sábado, 15 de outubro de 2011

TEXTO, CONTEXTO E INTERTEXTO

ACHEI ESSE VÍDEO SOBRE TEXTO E CONTEXTO INTERESSANTE.
COPIEM O ENDEREÇO E COLEM NA BARRA DE ENDEREÇOS
OU VEJAM NO FINAL DESTE BLOG, NA BARRA DE VÍDEOS.PODEM VER OS OUTROS TAMBÉM.
ANOTEM A DÚVIDAS E PERGUNTEM POR EMAIL OU EM SALA DE AULA.


http://youtu.be/XMyeHYfHzm8

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

REGRAS PARA O JOGO COM CLASSES GRAMATICAIS

REGRAS PARA O JOGO COM CLASSES GRAMATICAIS;

ASSUNTO : CLASSES GRAMATICAIS:

1.SUBSTANTIVO; 6 .VERBO “PALAVRAS DENOTATIVAS”
2.ADJETIVO; 7.ADVÉRBIO
3.ARTIGO; 8.PREPOSIÇÃO
4.NUMERAL; 9.CONJUNÇÃO
5.PRONOME; 10.INTERJEIÇÃO

• DEFINIÇÕES
• SUBCLASSIFICAÇÕES
• FLEXÕES
• APLICAÇÕES

A.GRUPOS COM QUATRO COMPONENTES;

B.CADA GRUPO FORMULA DEZ QUESTÕES, ENVOLVENDO O ASSUNTO TODO (UMA QUESTÃO PARA CADA ITEM)

C.INÍCIO: SORTEIO DE UM (A) ALUNO (A) QUE FARÁ A PRIMEIRA PERGUNTA, ESCOLHENDO O(A) ALUNO(A) DE OUTRO GRUPO PARA RESPONDER.( OS DOIS DEVEM FICAR EM PÉ PARA PERGUNTAR E RESPONDER, SEM A AJUDA DOS RESPECTIVOS GRUPOS)

D.O (A) ALUNO(A) QUESTIONADO(A) RESPONDE
E.O(A) ALUNO QUE PERGUNTA DEVE ACEITAR OU NÃO A RESPOSTA
a.SE ACEITAR E A PROFESSORA CONCORDAR COM A RESPOSTA, O(A) ALUNO(A) QUE RESPONDEU GANHA DOIS PONTOS, O(A) QUE PERGUNTOU SE SENTA SEM GANHAR NADA E O(A) QUE RESPONDEU ESCOLHE OUTRA PESSOA E O PROCESSO SE REINICIA;
b.SE NÃO HOUVER A ACEITAÇÃO DA RESPOSTA, O(A) ALUNO(A) QUE PERGUNTOU DEVE APENAS DIZER “NÃO ACEITO” ; SE A PROFESSORA CONCORDAR,O(A) ALUNO(A) QUE NÃO RESPONDEU ADEQUADAMENTE DEVERÁ SE SENTAR E A PERGUNTA SERÁ PASSADA PARA UM(A) ALUNO(A) DE SEU GRUPO, QUE DEVERÁ LEVANTAR-SE E RESPONDER.
c.SE O (A) ALUNO(A) QUE PERGUNTOU, ACEITAR E A PROFESSORA CONCORDAR COM A RESPOSTA, O(A) ALUNO(A) QUE RESPONDEU GANHA UM PONTO, O(A) QUE PERGUNTOU SE SENTA SEM GANHAR NADA E O(A) QUE RESPONDEU ESCOLHE OUTRA PESSOA E O PROCESSO SE REINICIA.
d.SE NÃO HOUVER A ACEITAÇÃO DA RESPOSTA, O (A) ALUNO (A) QUE PERGUNTOU DEVE RESPONDER.SE A PROFESSORA CONCORDAR COM A RESPOSTA, ATRIBUIRÁ DOIS PONTOS E O DIREITO DE ESCOLHER ALGUÉM DE OUTRO GRUPO PARA FAZER A PRÓXIMA PERGUNTA SOBRE O MESMO ASSUNTO OU SOBRE O SEGUINTE.

F. AS PERGUNTAS DE CADA ASSUNTO SERÃO ESGOTADAS, ANTES DE SE PASSAR PARA O PRÓXIMO ( TODAS SOBRE SUBSTANTIVO, DEPOIS ADJETIVOS, ARTIGOS...)

G. NÃO DEVERÁ HAVER REPETIÇÃO DE ALUNO (A) PARA RESPONDER ATÉ QUE TODOS JÁ TENHAM RESPONDIDO UMA VEZ, DEPOIS DUAS ETC.

ESTUDEM TODO O CONTEÚDO, PENSANDO NUMA REVISÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL( QUE TALVEZ NÃO OCORRA MAIS ANTES DO ENEM E DO VESTIBULAR)

BOM TRABALHO!

DÚVIDAS?

DATAS:

1ª. A – 18/10 1ª.B -19/10 1ª.C - 18/10 1ª.D -19/10

domingo, 2 de outubro de 2011

AMBIGUIDADE


AMBIGUIDADE ou ANFIBOLOGIA

Significados:

1. Qualidade ou estado de ambíguo: que se pode tomar em mais de um sentido; equívoco; impreciso; incerto.
2. O mesmo que anfibologia: duplicidade de sentido numa construção sintática.

Origem– Do latim ambiguitate.
Formação– De ambíguo + dade (derivação sufixal).

Análise fonética–
Am-bi-gui-da-de: palavra paroxítona;
am = dígrafo;
ui = ditongo crescente oral;
onze letras e dez fonemas.

An-fi-bo-lo-gi-a: palavra paroxítona;
an = dígrafo;
i-a = hiato;
dez letras e nove fonemas.

Análise morfológica– Substantivo derivado, simples, abstrato, comum, feminino: a ambiguidade, uma ambiguidade.
Plural – Ambiguidades, anfibologias.

A função da ambiguidade

A função da ambiguidade é sugerir significados diversos para uma mesma mensagem.
É uma figura de palavra e de construção.
Embora funcione como recurso estilístico, a ambiguidade também pode ser um vício de linguagem, que decorre da má colocação da palavra na frase.
Nesse caso, deve ser evitada, pois compromete o significado da oração.


SEU, SUA, DELE, DELA


Quando os possessivos seu, sua, seus, suas derem margem à ambiguidade, devem ser trocados por dele, dela, deles, delas.

Construções certas e erradas:

Você sabe que eu gosto de seu pai, mas recuso-me a seguir a sua opinião.
Você sabe que gosto de seu pai, mas recuso-me a seguir a opinião dele.

Você e sua mãe me fazem feliz. Sem o seu apoio, eu não sou ninguém.
Você e sua mãe me fazem feliz. Sem o apoio dela, eu não sou ninguém.

Tenho verdadeira admiração por sua mãe, mas sinto que sua admiração por mim é fraca.
Tenho verdadeira admiração por sua mãe, mas sinto que a admiração dela por mim é fraca.

Sinto que você e seu pai me apoiam. Mas preciso acreditar mais no seu empenho.
Sinto que você e seu pai me apoiam. Mas preciso acreditar mais no empenho dele

ESPERANDO BEBÊ

Frase ambígua – “Depois dos exames, a médica disse-lhe que estava esperando bebê”.
Duplo sentido – Nessa construção, não se sabe quem estava esperando bebê. A paciente (que foi submetida a exames) ou a médica?

Correção:
Depois dos exames, a médica informou que a paciente estava esperando bebê.
Submetida a exames, a paciente recebeu da médica a informação de que estava esperando bebê.
Depois de ser submetida a exames, a paciente foi informada pela médica de que estava esperando bebê.
Depois dos exames, a médica disse à paciente: “você está esperando bebê”.
Depois dos exames, a média disse-lhe: “você está esperando bebê”.

ENSINANDO A LER

Frase ambígua – “Desde os três anos, meu pai já me ensinava a ler”.
Duplo sentido – Nessa construção, a expressão “desde os três anos” pode ser aplicada ao pai (o que seria absurdo) ou ao filho (sentido mais lógico). Afinal, quem tinha três anos? O pai ou o filho?
Correção:
Desde que eu tinha três anos, meu pai já me ensinava a ler.
Meu pai ensinava-me a ler desde que eu tinha três anos de idade.
Eu tinha apenas três anos, e meu pai já me ensinava a ler.

" (...) os corpos do casal B serão exumados pela segunda vez nesta semana." (Folha de S.Paulo)
Comentário: os corpos serão exumados pela segunda vez desde que foi iniciado o inquérito ou os corpos serão exumados duas vezes numa mesma semana, "nesta semana"? (Unicamp)

"O presidente americano (...) produziu um espetáculo cinematográfico em novembro passado na Arábia Saudita, onde comeu um peru fantasiado de marine no mesmo bandejão em que era servido aos soldados americanos." (Veja, 09/01/91)

Comentário: Às vezes, quando um trecho é ambíguo, é o conhecimento que o leitor tem dos fatos que lhe permite fazer uma interpretação adequada do que lê. Um bom exemplo é o trecho acima, no qual há duas ambiguidades, uma decorrente da ordem das palavras e a outra, de uma elipse do sujeito.


"... onde comeu peru fantasiado de marine ..."
"... no mesmo bandejão em que era servido ..."
Comentário: Pode-se entender que o peru estivesse fantasiado de marine (fuzileiro naval), e não o presidente. Por outro lado, é possível entender que o presidente estivesse sendo servido aos soldados no bandejão, e não o peru.
Correção: O presidente americano, fantasiado de marine, produziu um espetáculo cinematográfico em novembro passado na Arábia Saudita, quando comeu peru no mesmo bandejão de que se serviam os soldados americanos.
Comentário:
O leitor deve levar em conta o fato de que o peru não estaria fantasiado de marine, nem o presidente poderia ser servido aos soldados americanos em um bandejão.

MATANDO A MÃE
Frase ambígua – “Carlinhos tinha quatro anos quando o pai matou sua mãe”.
Duplo sentido – Quem matou quem? O pai de Carlinhos matou a própria mãe? Ou matou a mãe de Carlinhos?
Correção:
Carlinhos tinha quatro anos quando o pai matou-lhe a mãe.
Quando o pai matou a mãe de Carlinhos, o menino tinha apenas quatro anos.
Carlinhos tinha quatro anos quando a mãe dele foi morta. Quem a matou foi o pai do menino.
A mãe de Carlinhos foi assassinada quando ele tinha quatro anos. Quem cometeu o crime foi o pai do menino.

HÁ OUTROS EXEMPLOS NA APRESENTAÇÃO QUE ENVIAREI PARA O EMAILS QUE POSSUO.

ATIVIDADE INDIVIDUAL OU EM GRUPO ( NÚMERO MÁXIMO DE PARTICIPANTES = 4, DESDE QUE A PARTICIPAÇÃO SEJA SIGNIFICATIVA:

CRIAR UM TEXTO ( CENA) EM QUE OCORRA ALGUM TIPO DE INTERTEXTUALIDADE E SITUAÇÃO DE AMBIGUIDADE.


O EXERCÍCIO DEVERÁ SER APRESENTADO PARA OS COLEGAS NA SEMANA DE 10 A 14/10

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

INTERTEXTUALIDADE



INTERTEXTUALIDADE



• A intertextualidade é uma espécie de conversa entre textos; esta interação pode aparecer explicitamente diante do leitor ou estar em uma camada subentendida, nos mais diferentes gêneros textuais. Para compreender a presença deste mecanismo em um texto, é necessário que a pessoa detenha uma experiência de mundo e um nível cultural significativos.

• O intertexto só funciona quando o leitor é capaz de perceber a referência do autor a outras obras ou a fragmentos identificáveis de variados textos. Este recurso assume papéis distintos conforme a contextura na qual é inserido. A pressuposta cultura geral relacionada ao uso deste mecanismo literário deve, portanto, ser dividida entre autores e leitores.


• E não há limite para as esferas do conhecimento que podem ser acessadas tanto pelo produtor do texto, quanto por seu receptor. Isto significa que o intertexto não está somente ligado ao contexto literário. Ele pode estar presente na pintura, a qual pode interagir com uma foto produzida séculos depois; na publicidade, quando, por exemplo, o ator que anuncia o Bom Bril está trajado como a Mona Lisa, criada por Leonardo da Vinci.

• No caso desta propaganda, o intérprete compara a forma como o ‘Mon Bijou” deixa a roupa bem limpa e perfumada, com a criação de uma obra-prima, alusão à criação de da Vinci. Seu idealizador, portanto, faz uma analogia entre o produto que deseja vender e a elaboração de uma imagem pictórica, levando ao consumidor a possibilidade de se atualizar culturalmente.


• Há pelo menos sete tipos de intertextualidade.

• A Epígrafe é um pequeno trecho de outra obra, ou mesmo um título, que apresenta outra criação, guardando com ela alguma relação mais ou menos oculta.
O dia da criação - Vinicius de Moraes

“Macho e fêmea os criou.”
Gênese, 1, 27

I
Hoje é sábado, amanhã é domingo
A vida vem em ondas, como o mar
Os bondes andam em cima dos trilhos
E Nosso Senhor Jesus Cristo morreu na cruz para nos salvar.

Hoje é sábado, amanhã é domingo
Não há nada como o tempo para passar
Foi muita bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo
Mas por via das dúvidas livrai-nos meu Deus de todo mal.
(...)



• A Citação é um fragmento transcrito de outro autor, inserido no texto entre aspas.

• Aprendendo a citar, aprendendo a dar valor
Assim como já diria Armando Nogueira: “Copiar o bom é melhor que inventar o ruim”, em todo o tipo de trabalho ou criação de projetos, acabamos copiando ou emprestando parte do conhecimento de outras pessoas. Entretanto, isso não ocorre porque não tivemos a capacidade de pensar em algo do gênero antes, mas sim porque existem fontes que realmente servem como base para desenvolver um trabalho, e, consequentemente, devem ser usadas e consultadas.
Copiar o bom não é feito, de maneira alguma! Feio é copiar e não citar a fonte... Fazendo isso, você acaba se apoderando e levando créditos com base no conhecimento de outra pessoa, sendo antiético e completamente deselegante. É a mesma coisa que ocorre quando você tem uma ideia mirabolante, seja no trabalho ou na escola, e alguém vai lá, copia o que você fez e ainda diz “Fui eu que fiz!”. Que tipo de sentimento você teria? Certamente, você não ficaria feliz.
Mas muita gente deve pensar: “Ah, ninguém nem vai descobrir”, mas pode ter certeza que alguém, um dia, descobrirá. Existem casos de alunos que foram expulsos de Universidades pelo fato de terem copiado na íntegra o trabalho de outras pessoas. Para evitar problemas, enaltecer o trabalho dos outros (que, afinal de contas, devem ter suado a camisa para desenvolvê-lo) e fazer com que os seus trabalhos tenham citações corretas, a NBR 10520 está disponível.”
• FONTE: http://www.tecmundo.com.br/tutorial/834-aprenda-a-usar-as-normas-da-abnt-citacao-2-de-4-.htm



• A Paráfrase é a réplica de um escrito alheio, posicionado em um uma obra com as palavras de seu autor. Este deve, portanto, esclarecer que o trecho reproduzido não é de sua autoria, citando a fonte bibliográfica pesquisada, a fim de não cometer plágio.
Paráfrase são frases parecidas. É a reescrita de um texto sem que haja perda de sentido. Para isso, vários recursos podem ser utilizados:

Emprego de sinônimos;
Emprego de antônimos apoiados em palavras negativas;
Mudança de ordem dos termos no período;
Omissão de termos facilmente subentendidos;
Mudança de voz verbal, entre outros.

O texto e suas possíveis paráfrases devem ser lidos com máxima atenção. Havendo mudança de sentido, a reescrita não pode ser considerada uma paráfrase. Observe:

TEXTO
“A mente de Deus é como a Internet: ela pode ser acessada por qualquer um, no mundo todo.” (Américo Barbosa, na Folha de São Paulo)

Reescrevendo:

a) No mundo todo, qualquer um pode acessar a mente de Deus e a internet. (PARÁFRASE)

b) Tanto a internet quanto a mente de Deus podem ser acessadas, no mundo todo, por qualquer um. (PARÁFRASE)

c) A mente de Deus pode acessar, como qualquer um, no mundo todo, a internet. (PODE SER VERDADE, MAS NÃO É PARÁFRASE)

Observe que nas letras a e b houve conservação do sentido do texto, ou seja, sua semântica foi mantida. Agora, na letra c, NÃO É A MENTE DE DEUS QUE ACESSA ... O texto diz que ELA É ACESSADA POR QUALQUER UM.

ATENÇÃO!!
* Cuidado na mudança de posição dos termos da frase. Às vezes, estas mudanças causam alteração no sentido do texto.


• A Paródia é uma distorção intencional de outro texto, com objetivos críticos ou irônicos. EXEMPLO:
“Bem brasileiro


Chapeuzinho Vermelho recebe um e-mail de sua mãe dizendo que a avó tinha acabado de ser operada: acabara de fazer uma lipo, colocou botox. Portanto, chapeuzinho deveria visitá-la.
Chapeuzinho decide levar sorvete para sua avó, aliás, sorvete diet, pois ela já é uma pessoa de idade, apesar de não admitir. Chapeuzinho resolveu, então, pegar o coletivo para ir ao hospital.
O problema é que seu ex-namorado Lobo, um sujeito barra pesada, ficou sabendo da história e resolveu se antecipar, pegando um moto-táxi. Logicamente, ele chegou antes, pois Chapéu teve de enfrentar um ônibus lotado e um trânsito infernal.
Ao chegar no hospital e se deparar com a velha, o lobo sacou seu trêsoitão e mandou chumbo na velha. Chapeuzinho havia acabado de chegar e assistiu aquela cena digna do Linha Direta. Tentou chamar a rádio patrulha, porém, a polícia estava em greve.
Então, num acesso de fúria, inspirada pelos filmes do Van Damme e Schwarzenegger, ela ataca o Lobo e o desarma.
No entanto, na luta, eles acabam se beijando apaixonadamente, pois se lembraram dos momentos maravilhosos que passaram juntos.
Depois, Chapéu se lembrou da vovó agonizante, mas para surpresa de todos, a velha sobreviveu graças a prótese de silicone, que alojou a bala. E então, todos viveram felizes até a conta do hospital chegar, já que a vovó não tinha plano de saúde”. Luis Felipe Silva

• O Pastiche é a imitação rude de outros criadores – escritores, pintores, entre outros – com intenção pejorativa, ou uma modalidade de colagens e montagens de vários textos ou gêneros, compondo uma espécie de colcha de retalhos textual.

Oração do Bebum

Whisky e Vodka,
que estão no bar
Alcoolatrado seja o nosso fígado
. Venha a nós o copo cheio
nunca apenas pelo meio.
Seja feita a nossa cachaçada
Assim no buteco como na calçada
O mé nosso de cada dia nos dai hoje.
Perdoai as nossas bebedeiras
Assim como nós perdoamos A quem não tenha bebido.
Não nos deixai cair na Coca Diet
E livrai-nos da água gasosa, Barmem

O pastiche, procedimento que mescla estilos, também foi cultuado por Manuel Bandeira, como neste "Hai-kai" tirado de uma falsa lira de Gonzaga, em que o poeta pernambucano recorre a uma forma lírica japonesa para imitar o lirismo da obra árcade Marília de Dirceu:

Quis gravar "amor"
No tronco de um velho freixo
"Marília", escrevi.

FONTE :http://pt.wikipedia.org/wiki/Pastiche

• A tradução se insere na esfera da intertextualidade porque o tradutor recria o texto original.

The raven – O Corvo, Edgar Allan Poe

Once upon a midnight dreary, while I pondered, weak and weary,
Over many a quaint and curious volume of forgotten lore,
While I nodded, nearly napping, suddenly there came a tapping,
As of someone gently rapping, rapping at my chamber door.
" 'Tis some visitor," I muttered, "tapping at my chamber door -
Only this, and nothing more."

Machado de Assis

Em certo dia, à hora, à hora
Da meia-noite que apavora,
Eu caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina, agora morta,
Ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho
E disse estas palavras tais:
"É alguém que me bate à porta de mansinho;
Há de ser isso e nada mais."

Fernando Pessoa

Numa meia-noite agreste,
quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia,
ouvi o que parecia
O som de alguém que batia
levemente a meus umbrais
«Uma visita», eu me disse,
«está batendo a meus umbrais.
É só isso e nada mais.»

FONTE: http://www.utp.br/eletras/ea/eletras20/textos/Primeiros_ensaios_20.4_Traducao_poetica_O_corvo_BONACIN_SCHAFFEL.pdf

Percebam que as traduções são diferentes e rimadas.

• A Referência é o ato de se mencionar determinadas obras, de forma direta ou indireta.

• Provérbios populares na Canção de Chico Buarque

“Uma boa noite de sono combate os males”
“Quem espera sempre alcança”
“Quem brinca com fogo acorda queimado”
“Faça o que eu digo, não faça o que eu faço"
“Pense, antes de agir”
“Devagar se vai longe”
“Quem semeia vento, colhe tempestade”

Bom Conselho

Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio vento na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
(Chico Buarque, 1972)

Chico Buarque inverte os provérbios, questionando-os e olhando-os sob outro ângulo, atribuindo-lhes novos sentidos.
FONTE: http://educacao.uol.com.br/portugues/intertextualidade-textos-conversam-entre-si.jhtm


• A Alusão é uma figura de linguagem que se vale da referência ou da citação de um evento ou de uma pessoa, concreta ou integrante do universo da ficção, denominada interlocutor. Ela é igualmente conhecida como ‘intertextualidade’ ou ‘polifonia’.( Outras vozes )
A ALUSÃO consiste na utilização de uma frase ou expressão em que o ouvinte terá que fazer uso dos seus conhecimentos para que o sentido se torne claramente perceptível.
• EXEMPLO: "Fugi das fontes: lembre-vos Narciso."

(Reenviando, claro, para a lenda de Narciso, vendo a sua imagem projetada na água).

• O intertexto, portanto, não se refere apenas a textos literários, mas também a músicas, imagens – vídeos, filmes, todos os recursos visuais. Assim, em uma composição musical, no lançamento cinematográfico, na animação que se assiste em casa, na publicidade, nas pinturas e outras artes plásticas, enfim, em todas as linguagens artísticas, está presente a intertextualidade.


• Fontes:
http://drikamil-adriana.blogspot.com/2009/03/o-que-e-intertextualidade_4117.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Intertextualidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pastiche
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alusão

DEPOIS ENVIAREI AS ATIVIDADES

domingo, 25 de setembro de 2011

INTERTEXTUALIDADE

http://www.clickideia.com.br/cgi-local/lib-site/galeriaExercicios/lista_exc.pl?disc=por&codpag=POR05010001&nivel=m

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

PROJETO "LIVRO DA TURMA"-ATIVIDADE PARA PRIMEIROS A e C DIA 22/09/11




ATIVIDADE PARA PRIMEIROS A e C DIA 22/09/11

( AS DEMAIS TURMAS FARÃO A ATIVIDADE EM DATA A SER DETERMINADA)


ETEC “MARTIN LUTHER KING”
Código: 85 Município: SÃO PAULO
Área de Conhecimentos: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Componente Curricular: LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA Série: 1ºs. A,B , C e D
C.H. Semanal: 16 Professor: ESCHIVANE MANZO

Motivo da ausência do professor:

Encontro - Açúcar: cultura, memória e saberes sociais
Data da ausência:
22/09/2011

Turma(s):
PRIMEIRA SÉRIE A ( DUAS AULAS) E PRIMEIRA SÉRIE C ( UMA AULA)
Atividade:

PROJETO PARA PRODUÇÃO DO LIVRO DE REDAÇÕES DA TURMA

Competência(s) / habilidade(s) / valores:

1. Competência:
Compreender e usar a língua portuguesa como geradora de significação e integradora da percepção, organização e representação do mundo e da própria identidade.


1.1.1 HABILIDADE :Elaborar e/ou fazer uso de textos (escritos, orais, iconográficos) pertinentes a diferentes instrumentos e meios de informação e formas de expressão, tais como jornais, quadrinhos, charges, murais, cartazes, dramatizações, home page, poemas, monografias, cartas, ofícios, abaixo-assinados, propaganda, expressão corporal, jogos, música etc.


1.2.Valores e Atitudes

a) Reconhecimento da importância da comunicação nas relações interpessoais.
b) Valorização das possibilidades de descobrir-se a si mesmo a ao mundo através das manifestações da língua pátria.
c) Interesse e responsabilidade em informar e em se comunicar de forma clara e íntegra.

Descrição: ELABORAÇÃO DE LIVRO DAS PRODUÇÕES DE TEXTOS DO ANO .

1. ESTABELECER COORDENADORES PARA A ATIVIDADE ( TRÊS ALUNOS RESPONSÁVEIS);
2. RELACIONAR TODAS AS ATIVIDADES NECESSÁRIAS PARA A PRODUÇÃO DO LIVRO;
3. DISTRIBUIR, DE FORMA EQUILIBRADA, AS TAREFAS ENTRE TODOS OS ALUNOS DA TURMA (INCLUSIVE OS AUSENTES NA AULA)
4. ENTREGAR LISTA COMPLETA ( NOMES E NÚMEROS DOS RESPONSÁVEIS POR CADA ATIVIDADE PROPOSTA) À COORDENADORA ( PROFª. CÁTIA OU PESSOA INDICADA POR ELA)
5. SERÃO ATRIBUIDOS PONTOS DE PARTICIPAÇÃO.

Recursos Necessários:

• ORGANIZAÇÃO
• COOPERAÇÃO
• PAPEL
• CANETA







quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A ARTE DE LER O QUE NÃO FOI DITO

A ARTE DE LER O QUE NÃO FOI DITO
( Pressuposto e subentendido)


VOCÊ SABE LER?

Se você chegou até aqui, eu espero sinceramente que a resposta seja "Sim".
É até provável que você não só tenha dado essa resposta mentalmente, como a tenha feito acompanhar de um sorriso desdenhoso e uma exclamação como "É claro!".
No entanto, saiba que boa parte das pessoas que responde a tal pergunta com um sonoro "Sim", na verdade deveriam simplesmente dizer, "Não como gostaria".
E isso não tem nada a ver com o alfabeto.

Agora atenção, você:

>Chega ao fim de um livro sem conseguir lembrar do início?

>Frequentemente cochila durante uma leitura mais longa, mesmo quando o assunto interessa?

>Várias vezes compra um livro aparentemente bom para descobrir, depois de quinze páginas, que ele não é nada do que imaginava?

>Tem dificuldade para resumir as ideias principais do autor, e quando tenta acaba sempre produzindo resumos muito maiores que o desejável?

>Está sempre tendo de queimar os neurônios com livros difíceis de entender, mas obrigatórios para um curso, trabalho ou aula?

>Toda vez que vê um colega falar sobre uma leitura que você também fez, acaba se perguntando, "como é que eu não vi isso?"...

SIM?!

Se as respostas forem sim, cuidado, pois praticamente todos os que buscam a leitura são alfabetizados, porém isto não significa que sejam bons leitores.

Estes são capazes de reconhecer palavras e frases, apreender-lhes o significado e pronunciá-las em voz alta.

Uma parte expressiva deles pode até se dar ao luxo de identificar e corrigir erros gramaticais ou ortográficos daquilo que leem.

Uma parte menor ainda é habilitada para sintetizar o conteúdo do que lê, mesmo quando se trata de assuntos fora de alguma especialização que por acaso possuam.

Finalmente, uma pequena minoria não só é capaz de discutir, mas também de fazê-lo com competência, identificando ideias principais e secundárias, a linha de argumentação usada para expô-las, os pontos fracos e fortes de cada argumento, e, se for o caso, compará-los com os de outras fontes e assim chegar a uma conclusão.

Este último grupo não apenas assimila informação, mas a processa, avalia e a transforma em conhecimento.

A que grupo você pertence?

Observe a seguinte frase:

Fiz faculdade, mas aprendi algumas coisas.

Nela, o falante transmite duas informações de maneira explícita:
a) que ele frequentou um curso superior;
b) que ele aprendeu algumas coisas.

“MAS”...

Ao ligar essas duas informações com um “mas”, o falante comunica também, de modo implícito, sua crítica ao sistema de ensino superior, pois a frase passa a transmitir a ideia de que nas faculdades não se aprende nada.

Um dos aspectos mais intrigantes da leitura de um texto é a verificação de que ele pode dizer coisas que parece não estar dizendo: além das informações explicitamente enunciadas, existem outras que ficam subentendidas ou pressupostas.

Para realizar uma leitura eficazmente, o leitor deve captar tanto os dados explícitos quanto os implícitos.

Leitor perspicaz é aquele que consegue ler nas entrelinhas.

Caso contrário, ele pode passar por cima de significados importantes e decisivos ou o que é pior pode concordar com coisas que rejeitaria se as percebesse.

Não é preciso dizer que alguns tipos de texto exploram, com malícia e com intenções falaciosas, esses aspectos subentendidos e pressupostos.

PRESSUPOSTOS

São aquelas ideias não expressas de maneira explícita, mas que o leitor pode percebera partir de certas palavras ou expressões contidas na frase.

Assim, quando se diz: O tempo continua chuvoso, comunica-se de maneira explícita que, no momento da fala, o tempo é de chuva; mas, ao mesmo tempo, o verbo continuar deixa perceber a informação implícita de que antes o tempo já estava chuvoso

Pedro deixou de fumar

Na frase, diz-se explicitamente que, no momento da fala, Pedro não fuma.

O verbo deixar, todavia, transmite a informação implícita de que Pedro fumava antes.

A informação explícita pode ser questionada pelo ouvinte, que pode ou não concordar com ela.

Os pressupostos, no entanto, têm que ser verdadeiros ou, pelo menos, admitidos como verdadeiros, porque é a partir deles que se constroem as informações explícitas.

Se o pressuposto é falso, a informação explícita não tem cabimento

No exemplo, se Pedro não fumava antes, não tem cabimento afirmar que ele deixou de fumar.

Na leitura e interpretação de um texto, é muito importante detectar os pressupostos, pois o seu uso é um dos recursos argumentativos utilizados com vistas a levar o ouvinte ou o leitor a aceitar o que está sendo comunicado.

Ao introduzir uma ideia sob a forma de pressuposto, o falante transforma o ouvinte em cúmplice, uma vez que essa ideia não é posta em discussão e todos os argumentos subsequentes só contribuem para confirmá-la.

Exemplo de pressuposto falso:

“Os E.E.U.U. vão invadir o Iraque para apreender as armas nucleares lá existentes”.

O pressuposto é de que existem armas nucleares;
O mundo é convencido de que é necessário apreendê-las
Os Estados Unidos aparecem como “bonzinhos”, “salvadores do mundo”
A invasão foi feita
As armas não foram encontradas.

Os pressupostos são identificados quando o emissor veicula uma mensagem adicional a partir de alguma palavra ou expressão. Há vários tipos de palavras com esse tipo de "poder"

Eis alguns tipos:

- verbos que indiquem: mudança, continuidade, término...

Exemplos:

O aluno deixou de sair aos sábados para estudar mais.

(pressuposto: o aluno saía todos os sábados.)

O novo fiscal de rendas continua estudando para concursos.

(pressuposto: o fiscal estudava antes de passar.)

A espera dos candidatos pelo gabarito oficial acabou.

(pressuposto: os candidatos estavam esperando o resultado.)

O caso do contrabando tornou-se público.

(Pressuposto - O caso não era público.)

advérbios com sentido próprio:

Felizmente, não preciso mais estudar.

(pressuposto: o emissor considera a informação boa)

Após uma hora de prova, metade das pessoas havia saído.

(pressuposto: algo aconteceu antes do tempo

Os resultados da pesquisa ainda não chegaram até nós.

(Pressuposto - Os resultados já deviam ter chegado ou Os resultados vão chegar mais tarde.)



“que” em orações subordinadas adjetivas:

Pessoas que fazem cursinhos passam mais rápido. (adjetiva restritiva)

(pressuposto: há pessoas que não fazem cursinho)

Os nerds, que ficam em casa o tempo todo, conseguem melhores notas. (adjetiva explicativa)

(pressuposto: todos os nerds ficam em casa o tempo todo)

Os candidatos a prefeito, que só querem defender seus interesses, não pensam no povo.

(Pressuposto - Todos os candidatos a prefeito têm interesses individuais.)

adjetivos :
Os partidos radicais acabarão com a democracia no Brasil.

(Pressuposto - Existem partidos radicais no Brasil.)


SUBENTENDIDOS

Os subentendidos são as insinuações escondidas por trás de uma afirmação.
Quando um transeunte com o cigarro na mão pergunta:


Você tem fogo?


acharia muito estranho se você dissesse: Tenho e não lhe acendesse o cigarro.

Na verdade, por trás da pergunta subentende-se:

Acenda-me o cigarro, por favor.

O subentendido difere do pressuposto num aspecto importante:

o pressuposto é um dado posto como indiscutível para o falante e para o ouvinte, não é para ser contestado;

o subentendido é de responsabilidade do ouvinte, pois o falante, ao subentender, esconde-se por trás do sentido literal das palavras e pode dizer que não estava querendo dizer o que o ouvinte depreendeu.

O subentendido, muitas vezes serve para o falante proteger-se diante de uma informação que quer transmitir para o ouvinte sem se comprometer com ela.

Para entender esse processo de descomprometimento que ocorre com a manipulação dos subentendidos, imaginemos a seguinte situação:

Um funcionário público do partido de oposição lamenta, diante dos colegas reunidos em assembleia, que um colega de seção, do partido do governo, além de ser sido agraciado com uma promoção, conseguiu um empréstimo muito favorável do banco estadual, ao passo que ele, com mais tempo de serviço, continuava no mesmo posto e não conseguia o empréstimo solicitado muito antes que o referido colega. Mais tarde, tendo sido acusado de estar denunciando favoritismo do governo para com os seus adeptos, funcionário reclamante defende-se prontamente, alegando não ter falado em favoritismo e que isso era dedução de quem ouvira o seu discurso.

Na verdade, ele não falou em favoritismo, mas deu a entender, deixou subentendido para não se comprometer com o que disse.
Fez a denúncia sem denunciar explicitamente.
A frase sugere, mas não diz.

A distinção entre pressupostos e subentendidos em certos casos é bastante sutil.

Não vamos aqui ocupar-nos dessas sutilezas, mas explorar esses conceitos como instrumentos úteis para uma compreensão mais eficiente do texto.


Enquanto os pressupostos seriam as mensagens adicionais, os subentendidos seriam os escondidos.Os subentendidos devem ser deduzidos pelo receptor, e justamente por essa ideia de dedução, podem não ser verdadeiros.

Percebe-se aqui outra diferença entre eles, já que os pressupostos são sempre verdadeiros, inclusive quando negamos a frase original.

Para o Brasil seria ótimo que a atual onda de crescimento pudesse se generalizar por toda a américa latina”

Temos dois pressupostos:

o de que antes não tínhamos crescimento e
que, na américa latina, só o Brasil cresce.

O subentendido é, por exemplo,
que o Brasil pode se tornar uma potência mundial.

QUESTÕES:

01. Identifique os pressupostos nos excertos abaixo:

- (...) não podemos aceitar que continue em vigor uma política fiscal ultrapassada e iníqua
(Veja, 10/7/1985).
Continue- pressuposto : a política fiscal já estava em vigor .-

O brasileiro, de índole individualista, é bastante avesso à participação em associações que exerçam alguma pressão em seu benefício (Veja, 11/9/1985).

De índole individualista – pressuposto :todos os brasileiros são individualistas
que - pressuposto: há associações agindo assim

- (...) O PMDB será a poderosa força de centro no contexto do Brasil (Veja, 31/7/1985).

Será- pressuposto: o PMDB AINDA NÃO É A PODEROSA FORÇA DE CENTRO-

O acordo da Argentina com o FMI é acontecimento importante também para o Brasil (George W. Bush, Época 9/9/2003).

Também – pressuposto: o acordo é importante para a Argentina

- Quando soube que estava com o vírus da Aids, tive vergonha de contar. Escondi até de meu marido (Wilma Moreira, Época 29/9/2003).

Soube – pressuposto: antes não sabia
Até- pressuposto: escondeu de outras pessoas


- O corpo feminino é mais sexy que o masculino e eu sou uma profunda apreciadora dele.
(Christina Aguilera, Época 12/7/2004).

mais – pressuposto: o corpo masculino é sexy
Profunda-pressuposto : conhece bem – tem “autoridade” para afirmar.
-

Marcos Palmeira foi meu primeiro homem. (Preta Gil, Época, 12/7/2004).

Foi – pressuposto : tiveram um relacionamento que não acontece mais
Primeiro- pressuposto : não houve outro antes e que houve outro(s) depois


- Com um modelito escandaloso, [Mary Carey] causou furor entre os fãs que se espremiam em torno do tapete vermelho (Isto É, 01/10/2003

Espremiam – pressuposto: muitas pessoas para pouco espaço


2. Identifique os pressupostos e/ou implícitos contidos nos ditados populares abaixo. Justifique suas respostasa)

Deus ajuda quem cedo madruga.

Na frase, há o implícito de que apenas aqueles que levantam cedo recebem o auxílio divino. Se houvesse um pressuposto, haveria uma marca para reforçar essa exclusividade ("Deus ajuda apenas/ unicamente/ só quem cedo madruga").

b) Casa de ferreiro, espeto de pau.

"Implícito, se a casa é de ferreiro o espeto deveria ser de ferro, pois se ele tem essa habilidade, poderia usá-la a seu favor." (Bruna S. RochaSÓ CON


c) Quem vê cara não vê coração.

O implícito presente na frase é que as pessoas que se preocupam unicamente com a beleza física (exterior) não veem o verdadeiro caráter de uma pessoa (interior). Trata-se de um implícito porque esta relação não está especificada literalmente e, portanto, pode ser negada.

d) Quem semeia vento colhe tempestade.

O implícito presente na frase é que quem aprecia causar confusões terá muitos problemas como consequências de seus atos. Apesar de se tratar de uma interpretação consagrada do ditado, nada está especificado nesta frase metafórica: estamos lidando, portanto, com implícitos.


e) Filho de peixe, peixinho é.

É possível analisar que está pressuposto a este enunciado o fato de todo peixe ser filho de peixe. Contudo, o ditado vai muito além de sua interpretação literal: o que está em jogo (e fica implícito na frase) são as características passadas irremediavelmente de pai para filho.

f) Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.

O que fica implícito na frase é que a paciência e a persistência podem levar ao alcance de objetivos. Considerado literalmente, o ditado perde seu sentido original - ou seja, o que ficou consagrado nesta frase foram seus implícitos.


3) Em “Infelizmente, meu pai ainda não parou de fumar.”:

a) há 2 informações pressupostas e 1 subentendida.
b) há 2 informações subentendidas e 1 pressuposta.
c) há 3 informações pressupostas.
d) há 3 informações subentendidas.
e) não há informação implícita.


Resposta c
percebe-se a existência de 3 pressupostos em virtude das palavras "infelizmente", "ainda" e "parou".


4)Ao se preparar para sair de casa, a fim de encontrar sua(seu) namorada(o) na praia, ela(e) liga e o(a) alerta de que o tempo está nublado, não é possível subentender a seguinte informação:

a) é indicado levar um guarda-chuva.
b) ela(e) está preocupada(o) com você.
c) choveu há algumas horas.
d) o passeio devia ser cancelado.
e) ela(e) quer ir a outro lugar.


Resposta c
não se pode subentender que choveu anteriormente por conta do tempo estar nublado.



http://www.julianoribeiro.com.br/troca/nivel_portugues/apostila_ptg.pdf
http://portugauss.blogspot.com/2010/04/aula-3-exercicios-de-interpretacao.html
http://diegobgarcia.blogspot.com/2009_06_01_archive.html

PROCEDIMENTOS DE LEITURA

PROCEDIMENTOS DE LEITURA

LER: DIRETRIZES GERAIS


1. Será importante você se preocupar com seus hábitos de leitura?

Em muitas situações de estudo, o estudante fracassa porque sua leitura não é eficiente.
A leitura é um dos principais canais de aquisição de informação, especificamente na Universidade.

2. Antes de iniciar uma leitura, você sabe situá-la dentro de um contexto ?

Antes de iniciar o estudo de um texto, esteja certo de que compreendeu qual é sua incumbência.
Pergunte-se que informação terá que encontrar e por que encontrá-la, ou que uso fará dela.
Em alguns casos, a colocação dos problemas pode ser difícil; mas você pode sempre se perguntar pelo menos: qual a relação deste tópico com a unidade que eu estou estudando?
Qual a relação deste tópico com outras unidades que eu já estudei?

3. Você lê em termos de ideias?

O bom leitor não lê palavra por palavra: ele lê conjunto de palavras que constituem unidades de pensamento. Essas unidades de pensamento são naturais para a compreensão de significados.
Uma unidade de pensamento pode ser constituída de uma ou mais frases.
Você percebe um conjunto de palavras ou de frases como uma unidade de pensamento em função desse conjunto formar um todo significativo, isto é, uma ideia .

4. Você tem certeza de que o material que você leu está bem compreendido?

Muitos estudantes desperdiçam grande parte do tempo lendo materiais cujo significado não está bastante claro para eles.
As pesquisas provam que há diferença no nível de aprendizagem de material significativo e pouco significativo.
Por exemplo: um indivíduo foi capaz de aprender 200 sílabas sem sentido em 95 minutos e 200 palavras em poesia em 10 minutos. Esses resultados mostram os extremos onde poesia (material bem significativo) pode ser aprendido na décima parte do tempo que é requerido para aprender o mesmo número de sílabas sem sentido.
Esteja certo de que você compreende o material de leitura. Para isso, tente descobrir as relações entre o que você está tentando aprender e o que você já sabe.
Traduza as passagens difíceis para sua própria linguagem (se preciso, use o dicionário, a enciclopédia. Veja LER: GLOSSÁRIO, mais adiante).
Tente explicar o texto para você mesmo e para as outras pessoas: ao tentar explicar algo para outra pessoa, você descobrirá em que pontos sua compreensão está falha e poderá se concentrar mais nos pontos fracos.

LER: GRIFAR E ANOTAR NAS MARGENS

1. Para que adianta grifar um texto lido?

Quando observamos os livros de texto e as notas de aula dos alunos, verificamos que poucos deles descobriram a força e a riqueza do grifo.
Alguns grifam demais, outros praticamente nada, e outros ainda de modo impróprio. Frequentemente encontramos capítulos inteiros onde a maior parte do material está grifada; o grifo feito com exagero perde muito do seu valor potencial.
O processo mecânico de grifar pode ajudar na concentração; mas, na realidade, isso é apenas um pouco mais útil do que seguir a linha com o dedo. Grifar deve ser um processo seletivo e de resumo.

2. Como você pode grifar de maneira seletiva e não mecanicamente ?

O grifo deve ser feito com dois objetivos em mente: primeiro, deve ser uma ajuda para você entender e organizar a matéria; segundo, um auxílio para revisão.
Para que o material grifado possa ser útil para a revisão, é preciso que seja por si mesmo significativo.
Os detalhes precisam estar relacionados uns com os outros e se enquadrar bem ao tópico principal em que estão incluídos.
O material grifado de modo apropriado, resume para a revisão posterior (ou mesmo para fazer um resumo escrito daquele texto) as principais ideias, os detalhes importantes, os termos técnicos e as definições.

3. Há um plano que possa ser seguido para que você possa grifar eficientemente?


Se você quer que o grifo seja eficiente, então é necessário que seja feito de acordo com um plano. Tente, por exemplo, o plano seguinte, que tem sido empregado com êxito por muitos:
a) Faça uma leitura do material sem grifar nada (só ler): você terá uma visão global dele;
b) Na segunda leitura, é que você deverá começar a grifar o texto, usando a seguinte técnica: identifique, em cada parágrafo, quais as questões que seguem as sequências dos tópicos e tente respondê-las enquanto lê ( em outras palavras: faça um levantamento das possíveis perguntas em que o trecho lido serve como respostas. Quando se estuda, durante uma leitura deve-se prever as questões que aquele trecho pode resultar). Quando encontrar ideias ou detalhes importantes que ou respondem as questões, ou estejam relacionadas com ela, coloque um sinal claro na margem. Quando terminar o parágrafo, volte a olhar os itens que marcou. Se ainda achar que as ideias ou os detalhes são importantes, então grife-os.

4. Você usa as margens do texto para fazer apontamentos ?

A combinação do grifo com as anotações nas margens é mais eficiente do que os simples grifo; isso obriga-o a reformular o material do texto com as suas próprias palavras, a resumi-lo e a dispô-lo sob uma forma mais conveniente para posterior estudo, revisão, resumo escrito, resenha ou fichamento.

5. O que você deve anotar nas margens?

Antes de grifar o texto, você identificou as perguntas que se podem extrair dele.
Seria útil que você as escrevesse nas margens ; para mais tarde fazer uma revisão rápida , ou um resumo escrito, ou uma resenha, ou um fichamento do que leu, você terá as principais perguntas do texto escrita nas margens e suas respectivas respostas grifadas nele.
Outra possibilidade é você redigir nas margens também as respostas; assim, você terá a oportunidade de traduzir para suas próprias palavras as ideias centrais do texto, garantindo que elas estão realmente bem compreendidas.
Algumas pessoas também encontram utilidade em resumir em uma ou duas palavras o assunto central em cada parágrafo.

LER : FAZER RESUMO


1. Será necessário que você treine também a habilidade de resumir os textos que você lê ?


Fazer resumos é uma técnica de estudo de grande utilidade para você :
a) compreender um texto lido;
b) memorizá-lo;
c) posteriormente, revê-lo.

2. Você conhece algumas indicações a respeito de como fazer um resumo ?

As indicações dadas até aqui:
você começou situando a leitura dentro de um contexto (o que o texto que leio tem a ver com o que estou estudando?);
depois, leu, não mecanicamente, mas procurando ideias e a compreensão do seu sentido; você extraiu conceitos para organizar um glossário (veja mais adiante);
você grifou e fez anotações nas margens.
Esses passos são necessários para se fazer um resumo, uma resenha, ou um fichamento.
Na verdade, eles já estarão praticamente prontos se esses passos forem seguidos: basta, em seguida, num papel à parte, usando tudo isso que você já fez, elabore para cada parágrafo uma única frase (tópico frasal) que contenha a ideia central nele desenvolvida, escrita com suas palavras. Além disso, essas ideias principais devem ser inter-relacionadas, de maneira a sugerir a sequência que o texto original oferecia.
O resumo do texto é uma síntese das ideias e não das palavras do texto. Não se trata de uma “miniaturização” do texto, mas uma síntese fiel das ideias do autor.

Na verdade, eles já estarão praticamente prontos se esses passos forem seguidos: basta, em seguida, num papel à parte, usando tudo isso que você já fez, elabore para cada parágrafo uma única frase (tópico frasal) que contenha a ideia central nele desenvolvida, escrita com suas palavras.
Além disso, essas ideias principais devem ser inter-relacionadas, de maneira a sugerir a sequência que o texto original oferecia.
O resumo do texto é uma síntese das ideias e não das palavras do texto.
Não se trata de uma “miniaturização” do texto, mas uma síntese fiel das ideias do autor.

LER: FAZER GLOSSÁRIO


1. Será importante preparar um glossário a partir de suas leituras ?

Um dos sinais indicadores de que você domina um determinado assunto é a extensão do seu vocabulário.
Um vocabulário de trabalho pode ser um ótimo instrumento que o ajuda a ler mais depressa e a compreender as ideias do texto. Veja que há termos com significados diferentes para a linguagem científica, a popular, a literária, etc.; você precisa identificar o sentido preciso dos termos dentro do contexto linguístico de sua leitura.

2. Como um glossário se compõe ?

O glossário referente a um texto compõe-se dos conceitos mais importantes desse texto.
Constitui-se numa lista de palavras-chaves, acompanhadas pelas suas respectivas definições; a organização é semelhante à de um dicionário e essas definições devem ser claras, concisas, precisas e objetivas.


3. Como você extrai conceitos de um text
o ?

Como já visto, um texto é formado por um encadeamento de ideias, expressas por frases ou parágrafos que representam unidades de pensamento; cada uma dessas ideias é representada por uma palavra : um CONCEITO.
Ao elaborar um glossário, você poder começar fazendo um levantamento dessas palavras-chaves que expressam as principais ideias do texto; a seguir, procure escrever como cada uma delas pode ser conceituada segundo o contexto da leitura; pode ser que você não possa conceituá-la com base no texto, devendo recorrer a um dicionário especializado ou a uma enciclopédia.
Obs.: É muito comum, antes de um resumo ou de uma resenha, colocar quais são as palavras chaves do texto que compõe uma obra: só as palavras, sem colocar ao seu lado seus significados. Quando se coloca a lista das palavras-chaves acompanhadas de seus respectivos significados (conceito), tem-se um glossário.

RESENHA:

Resenha é a descrição minuciosa de uma obra.
Por isso, além do resumo dessa obra, a resenha sempre vem acompanhada de uma posição crítica por parte de leitor.
Antes de mais nada, coloca-se o nome da obra na forma de referência bibliográfica de acordo com as normas da ABNT, em seguida, a exposição objetiva do seu conteúdo (=resumo) e, por fim, tece-se comentários críticos e interpretativos, discutindo, comparando, avaliando a obra resenhada.
A resenha exige capacidade de síntese, objetividade, relativa maturidade intelectual , domínio do assunto abordado na obra, sobriedade e, como em todo texto dissertativo, argumentação eficiente, que é resultado dos requisitos anteriores.

-FICHAMENTO:

É o registro catalogado, em fichas ou em folhas, de uma obra.
No fichamento, a obra é resumida ao essencial: cada capítulo corresponde a uma ficha e, cada parágrafo, a uma frase.
As informações aqui contidas são padronizadas. Qualquer exigência que façam a você que não foi citada aqui, será decorrente de estilos pessoais as atividades de leitura e de elaboração de resumos, de resenhas e de fichamentos.

Bibliografia:

ANDRADE, Maria Margarida & HENRIQUES, Antônio . Redação Prática: Planejamento, estruturação e produção de textos . São Paulo : Editora Atlas, 1999.
2. GRANATIC, Branca . Técnicas Básicas de Redação . São Paulo : Scipione, 1995.
3. MEDEIROS, João Bosco . Técnicas de Redação . 4ª edição . São Paulo : Atlas, 1997.
4. ___________ Redação Científica . 3ª ed. . São Paulo : Atlas, 1997.
5. SEVERINO, Joaquim Antônio . Metodologia do Trabalho Científico . São Paulo : Cortez Editora, 2001.
6. Apostila sobre técnicas de leitura - PUC/SP - s/ data.
FONTE:http://rosabe.sites.uol.com.br/tecnicasleitura.htm






quinta-feira, 1 de setembro de 2011

SERMÃO DA SEXAGÉSIMA- ROTEIRO DE ESTUDO

SERMÃO DA SEXAGÉSIMA
Padre Antônio Vieira
ROTEIRO DE ESTUDO
1. O que é um sermão? A que gênero literário pertence? Quais as características do gênero?
2.Quem foi o Padre Vieira?
3. Qual era o contexto histórico de Portugal na época em que a obra foi escrita?
4. O que quer dizer “Sexagésima” e por que o sermão tem esse nome?
5.Quando, onde e para quem o sermão foi pregado?
6.Pesquise e traduza: “Semen est verbum Dei” – S.Lucas, VIII, 11
7. “E se quisesse Deus que este tão ilustre e tão numeroso auditório saísse hoje tão desenganado da pregação, como vem enganado com o pregador!
Explique o motivo de Padre Vieira ter iniciado o sermão dessa forma.
8.Ecce exiit qui seminat, seminare. Diz Cristo que ‘saiu o pregador evangélico a semear’. (...) “Entre os semeadores do Evangelho há uns que saem a semear, há outros que semeiam sem sair”. Qual a diferença?
9. “Ah Dia do Juízo! Ah pregadores! Os de cá, achar-vos-eis com mais paço; os de lá, com mais passos: Exiit seminare.”
Explique a paranomásia paço e passos . Comente a colocação de Vieira.
10. “Mas daqui mesmo vejo que notais (e me notais) que diz Cristo que o semeador do Evangelho saiu, porém não diz que tornou porque os pregadores evangélicos, os homens que professam pregar e: propagar a Fé, é bem que saiam, mas não é bem que tornem.” Por que os pregadores do Evangelho deveriam sair e não voltar?
11. “Para um homem se ver a si mesmo, são necessárias três coisas: olhos,
espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelho e olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister espelho e há mister olhos. Que coisa é a conversão de uma alma, senão entrar um homem dentro em si e ver-se a si mesmo?” Explique a analogia proposta pelo Padre Vieira.
12. “A natureza insensível o perseguiu nas pedras, a vegetativa nos espinhos, a sensitiva nas aves, a racional nos homens. E notai a desgraça do trigo, que onde só podia esperar razão, ali achou maior agravo. As pedras secaram-no, os espinhos afogaram-no, as aves comeram-no; e os homens? Pisaram-no”. Comente e explique a “desgraça do trigo”
13.Quando Cristo mandou pregar os Apóstolos pelo Mundo, disse-lhes desta maneira: Euntes in mundum universum, praedicate omni creaturae: "Ide, e pregai a toda a criatura". O que quis dizer com isso?
14. “Tudo isto padeceram os semeadores evangélicos da missão do Maranhão de doze anos a esta parte.” A que padecimentos se refere Padre Vieira?
15. “Agora torna a minha pergunta: E que faria neste caso, ou que devia fazer o semeador evangélico, vendo tão mal logrados seus primeiros trabalhos? Deixaria a lavoura? Desistiria da sementeira? Ficar-se-ia ocioso no campo, só porque tinha lá ido? Parece que não.” O que você faria?
16. “Oh que grandes esperanças me dá esta sementeira! Oh que grande exemplo me dá este semeador!” Fale sobre essas esperanças e esse exemplo.
17. “O trigo que semeou o pregador evangélico, diz Cristo que é a palavra de Deus. Os espinhos, as pedras, o caminho e a terra boa em que o trigo caiu, são os diversos corações dos homens.” Explique, detalhadamente, o trecho.
18. “Assim como Deus não é hoje menos onipotente, assim a sua palavra não é hoje menos poderosa do que dantes era. Pois se a palavra de Deus é tão poderosa; se a palavra de Deus tem hoje tantos pregadores, porque não vemos hoje nenhum fruto da palavra de Deus? Esta, tão grande e tão importante dúvida, será a matéria do sermão.”. Justifique essa dúvida .
19. “Quero começar pregando-me a mim. A mim será, e também a vós; a mim, para aprender a pregar; a vós, que aprendais a ouvir.” Que intenção poderia ter o Padre Vieira com relação aos pregadores presentes ao sermão?
20. “Fazer pouco fruto a palavra de Deus no Mundo, pode proceder de um de três princípios: ou da parte do pregador, ou da parte do ouvinte, ou da parte de Deus.” Observe e comente o raciocínio lógico que Vieira faz para demonstrar cada uma das possibilidades.
21. “Os ouvintes ou são maus ou são bons; se são bons, faz neles fruto a palavra de Deus; se são maus, ainda que não faça neles fruto, faz efeito.” Diferencie os bons e os maus ouvintes , do ponto de vista de Vieira.
22. “Sabeis, cristãos, porque não faz fruto a palavra de Deus? Por culpa dos pregadores. Sabeis, pregadores, porque não faz fruto a palavra de Deus? Por culpa nossa.” Comente a conclusão a que chega o Padre Vieira.
23.Quais são as cinco circunstâncias que Vieira aponta no pregador?

24. “Será porventura o não fazer fruto hoje a palavra de Deus, pela circunstância da pessoa?” Sintetize a explanação do Padre Vieira para essa circunstância.
25. “Entre o semeador e o que semeia há muita diferença.”. Explique essa diferença.
26. “Antigamente convertia-se o Mundo, hoje porque se não converte ninguém? Porque hoje pregam-se palavras e pensamentos,antigamente pregavam-se palavras e obras”. Comente a mudança apontada pelo autor.
27. “Será porventura o estilo que hoje se usa nos púlpitos?” Comente as críticas feitas ao estilo da época.
28. “Já que falo contra os estilos modernos, quero alegar por mim o estilo do mais antigo pregador que houve no Mundo. E qual foi ele? -- O mais antigo pregador que houve no Mundo foi o céu.” Como é descrito esse estilo?
29. “O estilo culto não é escuro, é negro, e negro boçal e muito cerrado. E possível que somos portugueses e havemos de ouvir um pregador em português e não havemos de entender o que diz?” Pesquise o Cultismo e o Conceptismo barrocos, diga a qual dessas tendências pertenceu Vieira e comente a frase destacada
30. “Será pela matéria ou matérias que tomam os pregadores?” Segundo o autor, como o pregador deve tratar a matéria da pregação?
31. “Será porventura a falta de ciência que há em muitos pregadores? Muitos pregadores há que vivem do que não colheram e semeiam o que não trabalharam”. Esclareça essa colocação
32. “Será finalmente a causa, que tanto há buscamos, a voz com que hoje falam os pregadores?” Escolha dois exemplos dados por Vieira e comente-os
33. “As palavras que tomei por tema o dizem. Semen est verbum Dei. Sabeis, Cristãos, a causa por que se faz hoje tão pouco fruto com tantas pregações? É porque as palavras dos pregadores são palavras, mas não são palavras de Deus.” Explique a frase
34.Por que Vieira diz que os pregadores: “Pregam palavras de Deus, mas não pregam a palavra de Deus.”
35. “Pouco disse S. Paulo em lhe chamar comédia, porque muitos sermões há que não são comédia, são farsa.” Justifique essa afirmação.
36. “A doutrina de que eles zombam, a doutrina que eles desestimam, essa é a que lhes devemos pregar, e por isso mesmo, porque é mais proveitosa e a que mais hão mister”
37.”Pois o gostarem ou não gostarem os ouvintes! Oh, que advertência tão digna! Que médico há que repare no gosto do enfermo, quando trata de lhe dar saúde? Sarem e não gostem; salvem-se e amargue-lhes, que para isso somos médicos das
almas.” Comente a frase
38. “A pregação que frutifica, a pregação que aproveita, não é aquela que dá gosto ao ouvinte, é aquela que lhe dá pena. Quando o ouvinte a cada palavra do pregador treme; quando cada palavra do pregador é um torcedor para o coração do ouvinte; quando o ouvinte vai do sermão para casa confuso e atónito, sem saber parte de si, então é a preparação qual convém, então se pode esperar que faça fruto: Et fructum afferunt in patientia.”. Explique a situação
39. Comente o conselho que Vieira dá aos pregadores: “Semeadores do Evangelho, eis aqui o que devemos pretender nos nossos sermões: não que os homens saiam contentes de nós, senão que saiam muito descontentes de si; não que lhes pareçam bem os nossos conceitos, mas que lhes pareçam mal os seus costumes, as suas vidas, os seus passatempos, as suas ambições e, enfim, todos os seus pecados.”
40. “Veja o Céu que ainda tem na terra quem se põe da sua parte. Saiba o Inferno que ainda há na terra quem lhe faça guerra com a palavra de Deus, e saiba a mesma terra que ainda está em estado de reverdecer e dar muito fruto: Et fecit fructum centuplum” . Fale sobre a situação apontada por Vieira.. .

PERGUNTAS E RESPOSTAS COMPLETAS DEVERÃO ESTAR NO CADERNO E SEREM APRESENTADAS, SE HOUVER SOLICITAÇÃO.
• QUANTO MAIS COMPLETAS AS RESPOSTAS E MELHOR APRESENTADAS, MELHOR SERÁ O CONCEITO.
AVALIAÇÕES:
1º.A 27/09
1º.B 28/09
1º.C 27/09
1º.D 28/08

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

ORIENÇÕES PARA O ROTEIRO

PROJETO "SÉCULOS XII A XIX ATRAVÉS DA LITERATURA"
ETAPA 3 - ROTEIRO


1. O FORMATO DO TRABALHO (ROTEIRO) É AQUELE ESCOLHIDO PELO GRUPO ( TEATRO, JORNAL FALADO, DOCUMENTÁRIO,PROGRAMA DE TELEVISÃO ETC) . O IMPORTANTE É QUE SEJAM CRIATIVOS E REALIZEM UMA ATIVIDADE INTERESSANTE DE SE VER E DE FAZER;
(PROCUREM COLOCAR ALGUM HUMOR, ILUSTRAÇÕES ETC. DIVERSIFIQUEM PARA NÃO FICAR MONÓTONO)
2. TODO O MATERIAL SELECIONADO E ANALISADO DA SEGUNDA ETAPA , INCLUINDO OS ACRÉSCIMOS SOLICITADOS PELA PROFESSORA, DEVERÃO FAZER PARTE DO TRABALHO;
3. A ORDEM DE APARECIMENTO DOS TEXTOS DEVE SER A CRONOLÓGICA :
3.1. TROVADORISMO
3.2. HUMANISMO
3.3. CLASSICISMO
3.4. LITERATURA DE INFORMAÇÃO E JESUÍTICA
3.5. BARROCO EM PORTUGAL
3.6. BARROCO NO BRASIL
3.7. ARCADISMO EM PORTUGAL
3.8. ARCADISMO NO BRASIL
( SÓ PODERÁ HAVER ALTERAÇÃO, SE HOUVER UMA JUSTIFICATIVA LÓGICA)
4. CAPA:
4.1. ETEC “MARTIN LUTHER KING”
4.2. PROJETO “SÉCULOS XII A XIX ATRAVÉS DA LITERATURA”
4.3. ETAPA 3 : ROTEIRO
4.4. SÉRIE ( 1ºA, 1ºB, 1ºC ou 1ºD)
4.5. NOME E NÚMERO DE CADA PARTICIPANTE ( ORDEM CRESCENTE DE NÚMEROS)
4.6. DATA DE ENTREGA: ATÉ 26/08/2011
4.7. DATA QUE ENTREGOU: ___/____/2011
5. FICHA TÉCNICA :
5.1. REDAÇÃO FINAL.......NOME(S)................Nº(S).......
5.2. DIREÇÃO................. NOME(S)................Nº(S).......
5.3. CENÁRIO................. NOME(S)................Nº(S).......
5.4. FIGURINO................. NOME(S)................Nº(S).......
5.5. RECURSOS TÉCNICOS ( INFORMÁTICA, SOM, FILMAGEM ETC.)
(ESPECIFICAR QUEM VAI FAZER O QUE ) ................. NOME(S)................Nº(S).......
5.6. ATUAÇÃO:
5.6.1. NOME DO PERSONAGEM .............NOME E NÚMERO DO(A) ALUNO(A)
6. TODOS OS ALUNOS DEVERÃO PARTICIPAR, DEMONSTRANDO O CONHECIMENTO DOS CONTEÚDOS ESTUDADOS;
7. A DIVISÃO DA PARTICIPAÇÃO DEVE SER EQUILIBRADA PARA QUE AS OPORTUNIDADES SEJAM IGUAIS;
8. Cada vez que houver uma entrada (participação ) deverá constar o nome e o número do(a) aluno(a) ( tantas vezes quantas forem necessárias. A avaliação levará em consideração cada intervenção )
9. TODAS AS FALAS, TEXTOS, MOVIMENTAÇÕES DEVERÃO ESTAR ESCRITOS NO ROTEIRO.
10. OUTRAS DÚVIDAS PODERÃO SER ESCLARECIDAS EM SALA DE AULA OU PELO EMAIL:
Kiki1954manzo@hotmail.com


OBSERVAÇÃO: A DATA DE ENTREGA FOI MUDADA PARA ATÉ 26/08/2011 PARA QUE SEJAM SEGUIDAS AS ORIENTAÇÕES ACIMA.

OS TRABALHOS ENVIADOS QUE NÃO SEGUIREM AS NORMAS SERÃO DEVOLVIDOS (SEM CORREÇÃO) PARA QUE SEJAM ALTERADOS E COMPLETADOS.


segunda-feira, 18 de julho de 2011

"OS LUSIADAS",de Luís Vaz de Camões- roteiro de estudo

ROTEIRO DE ESTUDO


OS LUSÍADAS, DE LUÍS VAZ DE CAMÕES

1. O que se sabe sobre a vida de Camões?
2.O texto estudado é uma adaptação em prosa de um poema épico. O que é um poema épico? ( Pesquisar)
3.Quais os “temas” centrais da epopéia?
4. Comente as semelhanças e diferenças entre a estrutura narrativa de “Os Lusíadas”, de Camões e a “Odisséia”,de Homero
5.Como era o mundo na época em que a obra foi escrita?
6.Como era formada a esquadra de Vasco da Gama e em que ponto do caminho para as Índias estão quando Camões inicia a narrativa?
7.Quantos homens havia na esquadra? De onde partiram?Qual a data da partida? Qual o objetivo da viagem?
8. Por que Camões fala em “mares nunca dantes navegados”?
9.Comente o concílio dos deuses.
10.Explique o encontro dos portugueses com os mouros de Moçambique.
11.Comente a resposta de Vasco da Gama ao Corregedor:
“_ Ilustre senhor,não sou da terra nem da geração dos povos da Turquia, e sim da valente e guerreira Europa. Vou em busca das famosas terras da Índia.Sigo a religião Daquele a cujo império obedecem o visível e o invisível. Aquele que criou o Universo, tudo o que sente e tudo o que é insensível. Aquele que padeceu afrontas e vitupérios, sofrendo morte injusta e horrível,que desceu do Céu à Terra para que todos os mortais pudessem subir da Terra ao Céu. Não trago os livros que o senhor pede , pois não preciso trazer escrito em papel o que deve estar sempre na alma. Mas se quer ver as armas, seu desejo será atendido. Veja-as como amigo, e desejo que jamais as queira ver como inimigo."
12 Do seu trono brilhante, Baco , vendo que os lusitanos despertaram o ódio do regedor, forja um plano traiçoeiro para que eles fossem destruídos.Como foi executado o plano?
13. Como Vênus desviou as caravelas do caminho por onde o falso piloto as conduzia?
14.O que acontece em Mombaça?
15. Comente a “chantagem” que a deusa Vênus faz a Júpiter :
“Ao chegar ( no Olimpo), a deusa,mais mimosa que triste, disse a Júpiter :
- Sempre pensei, Pai poderoso, que seria brando, afável e amoroso para com as coisas que eu amasse, mesmo que isso desagradasse a alguém. Mas agora vejo-o iroso contra mim, sem que eu mereça Pois bem : que seja como Baco determina, eu me resignarei. Esse povo, que é meu, por quem derramo as lágrimas que vejo cair em vão, sei agora que lhe quero muito mal, pois o amo e por isso o senhor o persegue. Pois se o que amos é maltratado, quero desejar mal a esse povo, para que seja defendido...”
16. Fale sobre as profecias de Júpiter com relação ao futuro dos portugueses ( Detalhadamente )
17. Que providências Mercúrio tomou em Melinde e Mombaça em favor dos lusitanos?
18.Descreva a chegada dos portugueses a Melinde, no domingo de páscoa de 1498.
19.Pesquise a história do Pastor Viriato. É a partir dele que Vasco da Gama começa a contar a história de Portugal para o rei de Melinde
20.Comente a história de D.Henrique e de seu filho D.Afonso Henriques
21.Comente o episódio de Inês de Castro
22.Fale sobre a Batalha de Aljubarrota
23.Explique o sonho de D. Manoel, destaque especialmente o trecho abaixo:
“Ó senhor, a quem está destinada grande parte do mundo, nós , cuja fama tanto voa e que jamais fomos dominados, avisamos que já é tempo de nos cobrar grandes tributos. Sou o ilustre Ganges, e tenho no Céu o meu berço. E este outro é o Indo, que tem sua nascente nesta serra que vislumbra. Nós lhe custaremos uma dura guerra mas, se insistir, há de dominar todos os povos que em nossas margens habitam, alcançando vitórias jamais vistas.”
24.Comente o episódio de “ O Velho do Restelo”
25.Imagine-se na época e na situação da viagem e comente as sensações pelas quais os marujos devem ter passado nesse primeiro trecho do percurso. ( Pela costa da África)


26. O fogo de São Telmo assustava os marinheiros.Faça uma pesquisa “interdisciplinar” e justifique cientificamente o fenômeno.
“O fogo-de-santelmo (ou fogo de São Telmo ou ainda fogo de Santelmo) consiste numa descarga eletroluminiscente provocada pela ionização do ar num forte campo elétrico provocado pelas descargas elétricas. Mesmo sendo chamado de fogo, é na realidade um tipo de plasma provocado por uma enorme diferença de potencial atmosférica.
O fogo-de-santelmo origina seu nome de São Erasmo (também conhecido como São Elmo ou São Telmo), o santo padroeiro dos marinheiros, que haviam observado o fenômeno desde a antiguidade, e acreditavam que a sua aparição era um sinal propício.
Fisicamente, é um resplendor brilhante branco-azulado que, em algumas circunstâncias, tem aspecto de fogo de faísca dupla ou tripla, que surge de estruturas altas e pontiagudas como mastros, cruzes de igreja e chaminés.
O fogo-de-santelmo se observa com freqüência nos mastros dos barcos durante as tormentas elétricas no mar, alterando a bússola — para desassossego da tripulação. Benjamin Franklin já observara, em 1749, que o fenômeno é de natureza elétrica.
Também se dá em aviões e dirigíveis. Nestes últimos era muito perigoso, já que muitos deles eram inflados com hidrogênio, gás muito inflamável.”
27.Há várias informações na obra que nos permitem avaliar o grande conhecimento de Camões. Pesquise e explique o funcionamento do astrolábio.
28. Comente o episódio do Gigante Adamastor. Fale principalmente sobre a seguinte ameaça :
“- Ó gente ousada, mais que todas as que no mundo realizaram grandes façanhas, gente que nunca repousa de tantos trabalhos e tantas guerras, e que ousa navegar meus longos mares, jamais sulcados por navios desta ou de outras partes. Vocês, que vêm desvendar os segredos do oceano, ouçam agora de mim os castigos que os aguardam. Saibam que quantas naus se atreverem a fazer esta viagem que agora realizam terão esta paragem como inimiga, enfrentando grandes ventos e tormentas.(...)
(...) Disse, entre outras coisas, que aplicaria um grande castigo em seu descobridor, Bartolomeu Dias, quando ele por ali passasse outra vez, e que a morte seria o menor mal para quem ousasse se aproximar dele.”
29.Pesquise a Mitologia e complemente a história de Adamastor e Tétis . ( Guerra do Titãs contra Júpiter e os demais deuses)
30.Quem são: Netuno, as Nereidas, Tritão, Oceano, Nereu, Dóris. Tethys, Anfitrite, Glauco - Éolo e Proteu ? ( Pesquise a mitologia )
31.Comente a estratégia usada por Vênus para salvar os portugueses do ataque dos ventos.
32.Os portugueses chegam a Calicute , capital do Malabar ( nas Índias) e encontram Monçaide que lhes fala sobre a cultura local. Comente os aspectos mais interessantes expostos.
33. No palácio do Samorim, Camões aborda a religiosidade. Encontre (em toda a obra) outros trechos relacionados a esse assunto e comente-os.
(...) “Depararam-se, ali, com imagens de divindades esculpidas em madeira e pedra. Uma tinha chifres, outra, duas cabeças: uma possuía muitos braços, outra uma cabeça de cão. Os cristãos, acostumados a ver Deus representado em forma humana, ficaram boquiabertos. Os indianos fizeram, então, uma cerimônia religiosa. Depois, todos seguiram para o palácio.”
34.Baco disfarçou-se no profeta Maomé e apareceu em sonhos a um sacerdote muçulmano, dizendo-lhe:
(...) “- Não me reconhece? Fui eu quem dei aos seus antepassados os preceitos da sua religião. Saiba que os navegantes recém-chegados causarão muitos danos a Calicute e a seu comércio com Meca. É preciso resistir aos piratas invasores enquanto é tempo. Lembre-se: quando o sol nasce, podemos olhar para ele. Mas depois que sobe no céu fica tão brilhante que cega quem se atreve a fitá-lo. Da mesma forma, vocês serão cegados se não impedirem que esses invasores criem raízes aqui.”
Explique o trecho destacado e a estratégia de Baco.
35.Explique a importância do personagem Monçaide para a salvação dos portugueses e para que a missão fosse cumprida.
36.Quando Vênus procura seu filho Cupido...
(...) “O deus alado organizava uma expedição para castigar os homens, que estavam amando coisas que lhes haviam sido dadas não para amar, mas para usar, tal como o poder e a religião, que existiam para espalhar o bem e não para o benefício de governantes e sacerdotes.Mas os trabalhos foram interrompidos para receber Vênus?
O castigo caberia nos dias de hoje? Explique. Cite exemplos.


37.Comente a Ilha dos Amores a partir do trecho:
(...) “Oh! Que famintos beijos e mimosos choros soavam pela floresta! Que afagos suaves! Que pudores zangados logo transformados em risos! O que ali aconteceu, é melhor experimentar do que imaginar. Mas quem não pode experimentar, que imagine.”
38.Fale sobre a Máquina do Mundo e sobre as “previsões”feitas por Tétis ao Capitão.
39. O epílogo ( parte que não consta da adaptação) é composto por lamentações e críticas do poeta, suas exortações ao rei D. Sebastião e aos vaticínios sobre as futuras glórias portuguesas. No inicio do poema havia um tom de euforia, mas o tom passou a ser de crítica aos acontecimentos que foram esquecidos, como os valores nacionais. Camões também escreve contra os que o repreenderam durante os seus últimos dias de vida.
“ No mais, Musa, no mais, que a Lira tenho
Destemperada e a voz enrouquecida,
E não do canto, mas de ver que venho
Cantar a gente surda e endurecida.
O favor com que mais se acende o engenho
Não no dá a pátria, não, que está metida
No gosto da cobiça e na rudeza
Düa austera, apagada e vil tristeza.”
Comente a estrofe.
40.Pesquise a estrutura do poema e explique-a.


Numa manhã, a professora pergunta ao aluno:- Diz-me lá quem escreveu "Os Lusíadas"?
O aluno, a gaguejar, responde:
- Não sei, Sra. Professora, mas eu não fui.
E começa a chorar. A professora, furiosa, diz-lhe:
- Pois então, de tarde, quero falar com o teu pai.
Em conversa com o pai, a professora faz-lhe queixa:
- Não percebo o seu filho. Perguntei-lhe quem escreveu "Os Lusíadas" e ele respondeu-me que não sabia, que não foi ele...
Diz o pai:
- Bem, ele não costuma ser mentiroso, se diz que não foi ele, é porque não foi. Já se fosse o irmão...
Irritada com tanta ignorância, a professora resolve ir para casa e, na passagem pelo posto local da G.N.R., diz-lhe o comandante:
- Parece que o dia não lhe correu muito bem...
- Pois não, imagine que perguntei a um aluno quem escreveu "Os Lusíadas" respondeu-me que não sabia, que não foi ele, e começou a chorar.
O comandante do posto:
- Não se preocupe. Chamamos cá o miúdo, damos-lhe um "aperto", vai ver que ele confessa tudo!
Com os cabelos em pé, a professora chega a casa e encontra o marido sentado no sofá, a ler o jornal. Pergunta-lhe este:
- Então o dia correu bem?
- Ora, deixa-me cá ver. Hoje perguntei a um aluno quem escreveu "Os Lusíadas". Começou a gaguejar, que não sabia, que não tinha sido ele, e pôs-se a chorar. O pai diz-me que ele não costuma ser mentiroso. O comandante da G.N.R. quer chamá-lo e obrigá-lo a confessar. Que hei-de fazer a isto?
O marido, confortando-a:
- Olha, esquece. Janta, dorme e amanhã tudo se resolve. Vais ver que se calhar foste tu e já não te lembras...!
Publicado por Luís Leal Pinto

Responda "COMPLETAMENTE" as questões no caderno e prepare-se para a avaliação.
NÂO HAVERÁ CONSULTAS.
AS RESPOSTAS DEVERÃO SER ESCRITAS A MÃO NO CADERNO (EM CONSEQUÊNCIA DE ALUNOS QUE TIRAM CÓPIA DOS TRABALHOS DOS DEMAIS, SEM FAZEREM O MENOR ESFORÇO POR APRENDER)
´HAVERÁ VERIFICAÇÃO DOS CADERNOS DAQUELES QUE FOREM MAL NA AVALIAÇÃO E SERÁ CONDIÇÃO
PARA RECUPERAÇÃO

ESCLAREÇAM AS DÚVIDAS EM SALA DE AULA OU POR EMAIL.

KIKI